Atentado a bomba em mesquita em homs deixa mortos e fere dezenas

Pelo menos seis pessoas morreram e 21 ficaram feridas em um atentado a bomba contra a Mesquita Imam Ali ibn Abi Talib, na cidade de Homs, a terceira maior da Síria. O ataque aconteceu nesta sexta-feira (26), momento em que o templo estava lotado para as tradicionais orações semanais.

 

A explosão atingiu o bairro de Wadi al-Dhahab, uma área predominantemente habitada pela comunidade alauíta — o mesmo grupo religioso do ex-presidente Bashar al-Assad. De acordo com o Ministério do Interior, dispositivos explosivos foram plantados estrategicamente no interior da mesquita, causando danos estruturais severos e um incêndio.

 

Imagens divulgadas pela agência estatal síria revelam a gravidade do impacto, tapetes cobertos de sangue, janelas completamente estilhaçadas e paredes danificadas pela força da detonação. As forças de segurança estabeleceram um cordão de isolamento ao redor da mesquita enquanto peritos analisam os destroços em busca de pistas sobre os responsáveis.

 

Até o momento, nenhum grupo extremista assumiu a autoria do atentado, mas as autoridades locais realizam buscas intensas na região para identificar os 
envolvidos.

 

O atentado ocorre em um momento de extrema fragilidade institucional e social no país. Desde que Bashar al-Assad foi deposto no ano passado e buscou refúgio na Rússia, a Síria tem enfrentado sucessivas ondas de violência sectária, étnica e política.

 

A seita alauíta, que dominou o aparato estatal por décadas sob o regime de Assad, tornou-se alvo preferencial de grupos de oposição e facções radicais.

 

Em março deste ano, uma emboscada atribuída a remanescentes do regime contra as novas forças de segurança desencadeou dias de massacres sectários, resultando em centenas de mortes, a maioria concentrada em comunidades alauítas.

 

A comunidade internacional observa com preocupação o ressurgimento dessas tensões, que ameaçam mergulhar o país em um novo ciclo de guerra civil fragmentada, dificultando os esforços de reconstrução e estabilidade política.