Coreia do Sul prende quatro por hackear 120 mil câmeras e vender vídeos íntimos
Por Redação
A Agência Nacional de Polícia da Coreia do Sul divulgou, nesta última segunda-feira (3), que quatro pessoas foram presas por um ataque cibernético que invadiu 120 mil câmeras de segurança residenciais no país. De acordo com as autoridades, as imagens roubadas foram utilizadas para produzir vídeos de conteúdo sexual.
Há dez anos, os sul-coreanos desconfiam de câmeras escondidas em banheiros públicos, estações de metrô e quartos de motel. O medo tem aumentado ainda mais com a possibilidade de invasões às câmeras instaladas nas próprias casas.
Segundo a polícia, a espionagem eletrônica ilícita comprometeu inúmeros dispositivos usados pelas pessoas no dia a dia. As imagens foram obtidas de câmeras conectadas à internet instaladas em residências, empresas, hospitais, saunas e outros locais — inicialmente utilizadas para monitorar crianças ou animais de estimação. Uma das pessoas presas lucrou cerca de US$ 12 mil (aproximadamente R$ 64 mil, na cotação atual) com a venda das imagens a um site estrangeiro que compartilha conteúdo ilegal, enquanto outra teria lucrado o dobro, segundo o comunicado.
Os hackers, que não atuavam em conjunto, conseguiram se infiltrar nos dispositivos com facilidade porque muitos proprietários utilizavam senhas vulneráveis, como caracteres repetidos ou números sequenciais. A polícia alerta que essas câmeras de segurança são usadas no mundo inteiro e muitas apresentam vulnerabilidades.
