Guarda Municipal armada deve ser instrumento para coibir paredões em comunidades, afirma Vereador Ricardo Almeida
Por Redação
O vereador Ricardo Almeida (DC) defendeu, em entrevista ao programa Bahia Notícias no Ar, da rádio Antena 1, na manhã desta segunda-feira (1) que a Guarda Municipal Armada é o instrumento legal e capacitado para atuar na coibição de paredões e que o novo Plano Municipal de Segurança deve abranger essa frente de ação.
Almeida destacou que a Guarda Municipal, por ser um agente do ente federativo municipal, possui a capacitação e os recursos necessários para a fiscalização. "Há um instrumento já legalizado, formado, constituído, que é a Guarda Municipal. Nós temos a Guarda e hoje a Guarda Armada em condição de uso desses equipamentos, que são obviamente usados como último recurso, mas se necessário for, eles estão prontos, capacitados e legalmente constituídos para utilizá-los," afirmou o vereador.
O vereador ressaltou que, apesar da capacidade da Guarda, a fiscalização desses eventos não é simples. A Guarda Municipal tem dado suporte à Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEMOP) e à Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) nas operações, mas esbarra em desafios logísticos e geográficos. "Esses paredões acontecem no centro, no miolo da comunidade," explicou Almeida, destacando a dificuldade de acesso rápido.
"A topografia nossa, muito parecida com a do Rio de Janeiro, favorece a esse tipo de escape, porque são morros. Até a viatura chegar, as viaturas das ruas não atingem, não chegam ao coração da comunidade. Tem que deixar os veículos em determinado lugar e depois é que se chega lá na praça ou no local onde está acontecendo."
Segundo o vereador, a dificuldade em identificar os responsáveis, os veículos (carros e equipamentos de som) e o rápido fator de dispersão tornam a atuação reativa das equipes ineficaz
A principal tese de Ricardo Almeida é que o recém-discutido Plano Municipal de Segurança deve ser o guarda-chuva estratégico para resolver essa questão. O vereador acredita que o planejamento precisa ir além da repressão pontual, abrangendo uma forma de impedir a realização desses eventos nas áreas de difícil acesso das comunidades.
