Moraes dá 24 horas para defesa de Bolsonaro explicar tentativa de violar tornozeleira eletrônica
Por Redação
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) explique, no prazo de 24 horas, por que o ex-chefe do Executivo tentou violar a tornozeleira eletrônica que passou a usar após ser preso preventivamente. O magistrado também ordenou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste no mesmo período.
A ordem foi expedida após a divulgação de informações e registros que mostram Bolsonaro tentando queimar parte do equipamento. O caso foi relatado pela diretora-adjunta da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), Rita, que conversou diretamente com o ex-presidente no momento da verificação.
De acordo com a diretora, a equipe de escolta recebeu, às 0h07, o alerta de violação da tornozeleira. Os policiais solicitaram a presença imediata de Bolsonaro para verificar o equipamento.
Ao ser questionado, Rita perguntou: “O senhor utilizou alguma coisa para queimar isso aqui?”
Bolsonaro respondeu: “Meti um ferro quente aí. Curiosidade.”
A diretora insistiu: “Que ferro quente?”
O ex-presidente completou: “Foi ferro de soldar […] Não rompi a pulseira, não.”
A confissão foi registrada e encaminhada às autoridades responsáveis pela monitoração e ao STF.
Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã deste sábado por ordem de Moraes. A decisão faz parte de uma investigação em andamento e prevê o uso de tornozeleira eletrônica como medida de monitoramento obrigatório.
