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Relembre como o indicado ao STF Jorge Messias surgiu no noticiário nacional como "Bessias"

Por Redação

Imagem do então advogado Messias
Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil

A nova indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF) anunciada nesta quinta-feira (20) remete ao episódio que o tornou conhecido pelo apelido de "Bessias" em 2016. Na época, Messias atuava como Subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência da República no governo da então presidente Dilma Rousseff.

 

O nome de Jorge Messias foi catapultado para o noticiário nacional em 16 de março, quando o então juiz Sergio Moro derrubou o sigilo de uma interceptação telefônica da Polícia Federal que envolvia a presidente Dilma e o ex-presidente Lula. Os aliados do atual presidente já imaginavam a indicação desde outubro

 

Na ligação, os líderes do Partido dos Trabalhadores (PT) tratavam do termo de posse de Lula. Messias, era chamado de "Bessias", era o responsável por levar o documento:

  • Dilma: "Seguinte, eu tô mandando o Bessias junto com o papel, para a gente ter ele, e só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?"

  • Lula: "Uhum, tá bom, tá bom."

  • Dilma: "Só isso. Você espera aí que ele tá indo aí."

  • Lula: "Tá bom, eu tô aqui, eu fico aguardando."

  • Dilma: "Tchau."

  • Lula: "Tchau, querida."

 


Escute e relembre em áudio revelado pela Revista época:

 

O diálogo ocorreu horas após o anúncio de que Lula assumiria o cargo de Ministro da Casa Civil. A nomeação, em meio ao avanço da Operação Lava Jato e ao processo de impeachment contra Dilma, foi interpretada por opositores como uma tentativa de conferir foro privilegiado a Lula, transferindo seus processos da Justiça Federal em Curitiba para o STF.

 

Um dia após a divulgação dos áudios, Lula chegou a participar da cerimônia de posse. No entanto, em 18 de março de 2016, o ministro Gilmar Mendes, do STF, suspendeu a nomeação por meio de uma decisão liminar.

 

Meses depois, o ministro Teori Zavascki, então relator da Lava Jato no Supremo, considerou que o grampo e sua divulgação foram atos irregulares, impedindo o uso da gravação como elemento probatório. Em 2021, o STF anulou as condenações contra Lula na Lava Jato, reconhecendo que os processos deveriam ter tramitado em Brasília.

 

Hoje, oito anos após o episódio, Jorge Messias, que chefia a Advocacia-Geral da União (AGU) no terceiro mandato de Lula, foi indicado pelo presidente para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal.