Após protestos, ministras e embaixador da COP30 recebem indígenas Munduruku para diálogo
Por Redação
A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o embaixador da COP30, André Corrêa do Lago, e as ministras Sônia Guajajara e Marina Silva se reuniram com lideranças Munduruku em Belém após os protestos registrados durante a conferência.
O grupo indígena cobra a revogação emergencial do decreto que instituiu o Plano Nacional de Hidrovias e definiu os rios Tapajós, Madeira e Tocantins como eixos prioritários para navegação de cargas.
Durante a reunião, a ministra Marina Silva afirmou que, desde o início do governo, Lula determinou a desintrusão das terras indígenas. No entanto, segundo ela, foi necessário reestruturar órgãos como a Funai e o Ibama, que foram “desmantelados” durante a gestão de Jair Bolsonaro (2019-2022).
Marina destacou que cerca de 20 instituições atuam de forma articulada e que já foram realizadas mais de 400 ações de combate ao garimpo ilegal em território Munduruku, incluindo a destruição de 53 acampamentos e 39 escavadeiras. A ministra reconheceu, porém, que o governo ainda “pode melhorar” nas respostas às demandas do povo indígena.