Em meio ao tarifaço, Trump questiona preços da carne bovina nos EUA e inicia investigação contra frigoríficos
Por Redação
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que o Departamento de Justiça (DOJ) vai investigar os frigoríficos do país que, segundo ele, estão elevando o preço da carne bovina. A declaração, dada por meio das redes sociais nesta sexta-feira (7), chama a atuação dos estabelecimentos de “conluio ilícito”.
“Pedi ao DOJ que inicie imediatamente uma investigação sobre as empresas frigoríficas que estão elevando o preço da carne bovina por meio de conluio ilícito, fixação de preços e manipulação de preços”, disse Trump em publicação no Truth Social, sem mencionar os nomes das empresas.
Trump completa dizendo que o preços do gado têm caído, mas que o da carne embalada subiu. “Portanto, sabe-se que há algo de suspeito. Vamos descobrir a verdade muito rapidamente. Se houver crime, os responsáveis pagarão um preço alto!”, declarou.
A Procuradora-Geral do país, Pamela Bondi, disse que a investigação já está em andamento. Por outro lado, os pecuaristas norte-americanos seguem criticando o republicano, depois do presidente sugerir que o país importe mais carne bovina da Argentina.
Na ocasião, Trump disse que usaria a medida para reduzir os preços da carne bovina nos EUA, que atingiram níveis recordes. Os produtores viram o comentário como uma ameaça já que tem lucrado com a alta demanda e menos concorrência no mercado de carnes desde o tarifaço.
Sobre isso, Trump respondeu, citando o tarifaço contra o Brasil, que era o maior fornecedor de carne para a indústria norte-americana. "Os pecuaristas, que eu amo, não entendem que a única razão pela qual estão indo bem, pela primeira vez em décadas, é porque eu impus tarifas sobre o gado que entra nos EUA, incluindo uma tarifa de 50% sobre o Brasil", disse Trump em sua rede social.
