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Governo reforça combate à expansão do CV no Rio Grande do Norte com integração entre segurança e ações sociais

Por Redação

Governo reforça combate à expansão do CV no Rio Grande do Norte com integração entre segurança e ações sociais
Foto: Divulgação

As autoridades de inteligência do Rio Grande do Norte afirmam que o Estado passou a compreender a real dimensão da expansão do Comando Vermelho (CV) na região após a fuga de detentos da penitenciária de Mossoró, episódio em que os criminosos contaram com apoio logístico da facção durante o período em que permaneceram foragidos. O caso acendeu um alerta sobre a atuação organizada do grupo e impulsionou uma resposta mais ampla do poder público.

 

Visando aprimorar o mapeamento das áreas de risco e fortalecer a integração entre as forças de segurança, foi criado um Comitê Executivo, coordenado pelo secretário de Segurança e Defesa Social, coronel Francisco Araújo. O grupo reúne representantes da segurança estadual e de órgãos federais, em uma tentativa de consolidar estratégias conjuntas de enfrentamento à criminalidade e de ocupação territorial.

 

De acordo com fontes envolvidas no projeto, a inteligência do sistema prisional teve papel estratégico no processo. Por meio do monitoramento de cerca de 400 pessoas com tornozeleiras eletrônicas, as equipes conseguiram identificar zonas vulneráveis e locais de provável concentração de armas e drogas, informações consideradas essenciais para o planejamento das ações integradas.

 

A iniciativa, desenvolvida em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, vai além do aspecto policial. O programa busca assegurar direitos civis básicos, como regularização fundiária, autorização formal de propriedade, proteção jurídica e segurança contra a violência. O foco é também atender mulheres vítimas de agressões domésticas, crianças em situação de abuso e famílias em vulnerabilidade, segmentos frequentemente atingidos pela ausência de políticas públicas nas áreas dominadas pelo crime.

 

Outro eixo central do projeto é a mediação de conflitos comunitários, apontada como um dos pilares da iniciativa. Autoridades e especialistas destacam que esse tipo de serviço é um dos primeiros a ser cooptado por facções criminosas, que criam “tribunais paralelos” e impõem sua própria forma de “justiça” nos territórios sob influência.

 

Para garantir a presença do Estado em regiões historicamente desassistidas, o plano prevê a instalação de estruturas simples, como contêineres ou pontos de atendimento equipados com mesas e computadores, onde serão oferecidos serviços de registro civil, emissão de documentos, regularização fundiária e acolhimento a vítimas de violência.