Auditoria revela falhas graves de segurança no Louvre; código de acesso era “Louvre”
Por Redação
O grupo CheckNews teve acesso a documentos de auditorias privadas que apontam falhas graves de segurança no Museu do Louvre, alvo de um assalto no último dia 19. Entre os problemas identificados estão programas desatualizados, senhas fracas e um código de acesso ao sistema de vigilância de vídeo que usava a palavra “Louvre”.
Segundo informações do jornal francês Libération, publicadas no último sábado (1º), esses relatórios foram decisivos para a mudança de postura do governo francês, que até então negava qualquer vulnerabilidade no caso do roubo das joias da coroa. Após a divulgação, a ministra da Cultura, Rachida Dati, reconheceu publicamente que houve falhas de segurança.
Os documentos revelam que os problemas no sistema de segurança do museu persistem há pelo menos uma década. Um relatório interno do Ministério da Cultura da França descreve um quadro de obsolescência generalizada, indicando que oito softwares críticos de segurança não recebem atualizações há anos.
Entre eles está o Sathi, programa desenvolvido pela Thales e adquirido em 2003 para supervisionar o circuito interno de câmeras e o controle de entrada. Um documento técnico de 2019 já alertava que o software havia sido descontinuado pela fabricante.
Em resposta, a Thales afirmou que não havia contrato de manutenção ativo e que o museu nunca procurou a empresa para renová-lo.