Secretário da Polícia Civil afirma que prisão de Doca é “questão de tempo”
Por Redação
O traficante Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, foi descrito pelo secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, como a “personificação do narcoterrorista”. Em coletiva realizada nesta sexta-feira (31), o delegado afirmou que o criminoso é acusado de ordenar execuções de desafetos e até de meninos que furtaram uma gaiola de passarinho na Baixada Fluminense.
Doca é apontado como um dos principais líderes do Comando Vermelho (CV), com atuação no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio. Segundo Curi, sua captura é “questão de tempo”.
“É um criminoso que deu a ordem para matar os meninos de Belford Roxo por causa do furto de uma gaiola de passarinho. Ele executa desafetos e impõe a lei do silêncio. Moradores não aguentam mais o Doca. O retorno que tivemos da operação foi positivo, os moradores pediram mais. Por um triz não o prendemos, mas a hora dele vai chegar”, afirmou o secretário.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Doca é o principal líder do Comando Vermelho no Complexo da Penha e também exerce influência em comunidades como Gardênia Azul e César Maia, na Zona Oeste, e Juramento, na Zona Norte, algumas delas recentemente tomadas de milicianos.
O criminoso é investigado por mais de cem homicídios, incluindo execuções de crianças e desaparecimentos de moradores. Em outubro de 2023, foi apontado como mandante do assassinato de três médicos e da tentativa de homicídio de uma quarta vítima em um quiosque na Barra da Tijuca, Zona Oeste, crime motivado por confusão de identidade com milicianos de Rio das Pedras.
