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Bahia estabelece regras para implantação de usinas solares comunitárias em ilhas ribeirinhas do Rio São Francisco

Por Gabriel Lopes

Bahia estabelece regras para implantação de usinas solares comunitárias em ilhas ribeirinhas do Rio São Francisco
Rio São Francisco, Ibotirama (BA) | Foto: Reprodução / Google Street View

O Governo da Bahia resolveu expedir uma instrução de serviço detalhando os requisitos técnicos e operacionais para um projeto de eficiência energética focado na universalização do acesso à eletricidade em áreas remotas.

 

O documento foi assinado pelo secretário de Infraestrutura, Sérgio Brito, e pelo Superintendente da Superintendência de Energia e Comunicações (SUPEC), Celso Cavalcante Rodrigues. O objetivo principal é desenvolver, implantar e avaliar soluções de geração distribuída com usinas solar fotovoltaicas comunitárias.

 

Ainda conforme o texto, o foco do projeto é o atendimento energético de comunidades ribeirinhas localizadas nas ilhas do Rio São Francisco.

 

A Seinfra indica que a iniciativa busca responder ao déficit estrutural de fornecimento de energia elétrica enfrentado por essas comunidades. A pasta justifica a medida apontando a inviabilidade técnica e econômica de estender as redes de distribuição convencionais até essas localidades.

 

Outro ponto mencionado pela norma é a falta de acesso regular à eletricidade, que é atualmente agravada pela obsolescência de antigos kits solares individuais, comprometendo a segurança e qualidade de vida (pela ausência de iluminação pública e doméstica), a educação e serviços sociais (com escolas e postos de saúde funcionando parcialmente ou desativados), e atividades econômicas essenciais, como a refrigeração de pescados ou a irrigação agrícola.

 

O aproveitamento da energia solar fotovoltaica é apresentado como uma solução técnica e economicamente viável, dada a ocorrência de elevados índices de radiação solar na região. O projeto visa promover a inclusão social, segurança energética, sustentabilidade ambiental e o fomento a atividades da agroindústria familiar.

 

ESTRUTURA TÉCNICA
A instrução determina que as usinas sejam implantadas na modalidade de geração distribuída, integradas a microrredes isoladas de distribuição de energia elétrica (off-grid). Um componente essencial do sistema é a associação com bancos de baterias estacionárias (BESS). Além da demanda doméstica, as soluções devem prever sistemas de iluminação pública eficiente (LED).

 

A Superintendência de Energia e Comunicações (SUPEC) da Seinfra atua como o órgão técnico responsável por planejar e emitir as diretrizes.

 

O Projeto Elétrico exige que o dimensionamento dos bancos de baterias estacionárias contemple uma autonomia mínima de 24 horas ininterruptas. Os equipamentos, como módulos fotovoltaicos, inversores, controladores e luminárias LED, devem seguir as normas de certificação do INMETRO e as normas técnicas da ABNT.

 

O documento lista quatro ilhas como proposta inicial de implantação do projeto, localizadas nos municípios de Ibotirama e Xique-Xique: Ilha da Grande Ibotirama, Ilha da Gado Bravo/Saco, Ilha da Champrona e Ilha da Pestana.

 

Para todas essas comunidades, a perspectiva de atividade produtiva visada é a agricultura familiar com apoio de irrigação. O consumo médio estimado por unidade consumidora nessas ilhas é de 250 KWh/mês.

 

Outro ponto específico é a gestão do fim de vida útil da infraestrutura. O projeto exige que seja adotada a "responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Fabricantes, importadores e fornecedores dos módulos FV, baterias e luminárias LED deverão implementar sistemas de logística reversa, sendo proibido o descarte desses materiais em aterros comuns ou em áreas de preservação".