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PF pede novo inquérito sobre entrada de ex-assessor de Bolsonaro nos EUA

Por Redação

PF pede novo inquérito sobre entrada de ex-assessor de Bolsonaro nos EUA
Foto: Reprodução / Redes Sociais

A Polícia Federal solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a abertura de um novo inquérito para investigar se Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais do governo Bolsonaro, simulou sua entrada nos Estados Unidos. O pedido foi apresentado nesta terça-feira (21) e busca apurar uma possível estratégia para desacreditar provas em investigações conduzidas pelo STF.

 

A solicitação ocorre após o governo dos Estados Unidos revisar seus registros de imigração e concluir que Martins não entrou em território norte-americano, contradizendo informações anteriores que embasaram decisões judiciais no Brasil. A revisão foi realizada pela atual administração americana.

 

Moraes decretou a prisão preventiva do ex-assessor em 2024, com base em registros migratórios que indicavam sua entrada nos EUA com a comitiva presidencial em 30 de dezembro de 2022. A decisão também considerou possível risco de fuga relacionado a essa viagem.

 

O ex-assessor de Bolsonaro sempre contestou essas informações, afirmando que permaneceu no Brasil na data mencionada nos registros iniciais.

 

Em documento enviado ao STF, a PF afirmou que "A rigor, o registro de entrada de FILIPE MARTINS PEREIRA nos Estados Unidos, ainda que em caráter indiciário, revela a possibilidade de que integrantes da organização criminosa, abusando dolosamente das prerrogativas diplomáticas, tenham se utilizado do procedimento migratório diferenciado relacionado a comitivas de chefes de Estado, no qual não há a presença física dos integrantes da comitiva presidencial perante as autoridades migratórias, com a finalidade de simular uma falsa entrada de FILIPE MARTINS em território norte-americano".

 

Os investigadores apontam que essa circunstância "tem sido utilizada como prática de novas ações de embaraçamento, tomadas como estratégia para descredibilização das provas e das autoridades que atuaram na persecução penal".

 

A Polícia Federal concluiu o documento afirmando que "Diante da impossibilidade de esgotar, no presente ofício, todos os elementos envolvidos, e, ainda, considerando a gravidade dos fatos constatados, a Polícia Federal sugere a Vossa Excelência a instauração de procedimento apuratório específico, com o devido compartilhamento das provas já produzidas".

 

Se autorizado por Moraes, o novo inquérito permitirá o aprofundamento das investigações sobre o caso, utilizando provas já coletadas em outros procedimentos.