Polícia encontra capacete e luvas usados em roubo de joias no Louvre
Por Redação
Investigadores da Brigada de Repressão ao Banditismo da França e do Escritório Central de Combate ao Tráfico de Bens Culturais localizaram um capacete de moto e luvas utilizados pelos criminosos que roubaram nove joias históricas do século XIX do Museu do Louvre, em Paris. O crime ocorreu no domingo (19) e durou apenas sete minutos.
As evidências encontradas serão submetidas a análises de DNA para identificação dos suspeitos, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (21). De acordo com o jornal Le Parisien, os policiais também encontraram as chaves do caminhão equipado com elevador que foi utilizado pelos assaltantes para acessar a sacada e as janelas da Galeria Apollon. Um colete e outros equipamentos abandonados no local já estão sendo analisados pelos investigadores.
O ministro francês da Justiça, Gérald Darmanin, admitiu que o crime ocorreu por falhas na segurança do museu. Segundo ele, o incidente transmite uma imagem negativa da França para o mundo.
O assalto aconteceu em plena luz do dia, enquanto o Louvre estava aberto ao público. Os criminosos agiram por volta das 9h30 no horário local, quando cortaram uma janela utilizando uma serra elétrica para invadir a famosa Galeria de Apolo.
Quatro homens foram os responsáveis pelo crime que a imprensa francesa tem chamado de "roubo do século". Eles chegaram em scooters e fugiram nas mesmas motocicletas após o roubo.
Entre as peças roubadas está o colar da rainha consorte Maria Amélia, que contém 631 diamantes. Uma das peças, a coroa da Imperatriz Eugénie, foi abandonada pelos criminosos durante a fuga.
A polícia francesa continua as buscas pelo grupo que realizou o assalto. O paradeiro dos criminosos e das joias roubadas ainda é desconhecido.
O ministro francês do Interior, Laurent Nuñez, indicou nesta segunda-feira (20) que determinará o reforço dos esquemas de segurança em torno dos estabelecimentos culturais da França. O Museu do Louvre deve reabrir apenas na quarta-feira, considerando que o local fecha normalmente às terças para manutenção.
Chris Marinello, CEO de uma empresa especializada na localização de artes roubadas, alerta sobre o curto prazo para recuperação das peças. "[As autoridades] sabem que nas próximas 24 ou 48 horas, se esses ladrões não forem pegos, essas peças provavelmente já terão desaparecido", conta.
Elaine Sciolino, autora do livro sobre o Louvre, também demonstra pessimismo quanto à recuperação das joias. "É improvável que todas as peças sejam recuperadas no estado em que se encontram atualmente", diz.