Modo debug ativado. Para desativar, remova o parâmetro nvgoDebug da URL.

Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Salvador

Notícia

“É uma emoção total”: chef baiana relata euforia e cautela em Israel após fim da guerra em Gaza

Por Redação

“É uma emoção total”: chef baiana relata euforia e cautela em Israel após fim da guerra em Gaza
Foto: Arquivo Pessoal

Kátia Waxman, chef de cozinha baiana que está em Israel, descreveu nesta segunda-feira (13) a atmosfera de comemoração nas ruas do país após a libertação dos últimos reféns mantidos pelo grupo Hamas e a entrada em vigor de um cessar-fogo que, segundo autoridades, marcou uma trégua após dois anos de conflito. Em entrevista a rádio Antena 1, ela afirmou ter participado das celebrações e disse sentir “uma emoção muito grande” depois de 738 dias de cativeiro dos sequestrados.

 

“Eu estava emocionada, acabei de chegar da rua, estava lá comemorando, o povo inteiro nas ruas. É uma emoção muito grande. Chegamos nesse dia depois de 738 dias que os reféns foram mantidos em Gaza… a guerra em Gaza acabou, isso aí é uma emoção total, uma alegria, uma euforia no país”, relatou Waxman, visivelmente abalada pela experiência. A chef afirmou que passou os últimos dias com a voz rouca de tanto gritar nas manifestações de rua.

 

Apesar da comemoração, Kátia ressaltou que a população acompanha com atenção o cumprimento dos termos do acordo de cessar-fogo, um conjunto de pautas de aplicação progressiva que inclui, entre outros pontos, a libertação de prisioneiros e medidas de segurança. “Nós ainda temos uma luta muito grande pela frente. Nós temos que reconstruir o que foi destruído”, disse, apontando para o desafio da reconstrução material e política no país.

 

Questionada sobre a intermediação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na negociação que culminou na libertação dos reféns, Waxman afirmou que há um reconhecimento público pelo papel do americano, mas enfatizou que parte da população pressiona por mudanças internas de governo. “Só o Donald Trump e o povo. Esse governo tem que ser posto abaixo, é um governo maléfico… toda essa guerra, o objetivo dela é manter o Benjamin Netanyahu no poder”, declarou, em crítica explícita ao primeiro-ministro.

 

A chef acrescentou que, em sua avaliação, há forte mobilização de setores de esquerda que defendem a queda do atual governo e a convocação de novas eleições: “Pode ser que tenhamos que… em dois meses consigamos derrubar esse governo e ter novas eleições”. Tratam-se de avaliações políticas da entrevistada e não de posições oficiais das autoridades israelenses.

 

Kátia também destacou o protagonismo de grupos civis e das organizações da chamada “esquerda” israelense no acompanhamento do cumprimento dos acordos. “Nós somos os cães de guarda desses acordos… nós vamos e estamos cuidando para que tudo aconteça, para que exista paz e prosperidade nas comunidades árabes e também dentro de Israel”, afirmou.

 

Ela ainda comentou sobre a entrada de ajuda humanitária em Gaza, afirmando que, segundo seu relato e relatos que ouviu localmente, parte das cargas seria apropriada por milícias: “A ajuda humanitária, Israel sempre permitiu entrar, mas o Hamas sequestra os caminhões e vende para a população de Gaza a preços absurdos”. A afirmação foi apresentada pela chef como percepção e denúncia de fontes locais; autoridades humanitárias costumam monitorar e investigar relatos desse tipo, que exigem checagem independente.

 

Waxman ressaltou que, mesmo com a euforia, há uma amplitude de tarefas pela frente. “A gente tem uma luta muito grande pela frente: reconstruir o que foi destruído, reconstruir o nome de Israel no mundo”, disse. Ao lembrar as vítimas e as famílias dos sequestrados, a chef disse sentir um “agradecimento enorme” a quem participou das negociações e das pressões políticas que levaram à libertação dos reféns.

 

A fala da chef baiana ocorre em um momento de grande comoção em Israel, onde milhares foram afetados pelo ataque de 7 de outubro de 2023 e pelo conflito subsequente. A cada declaração de cidadãos, ativistas e autoridades é importante distinguir relatos de testemunhas e análises políticas de dados oficiais e verificações independentes, sobretudo quando envolvem alegações sobre apropriação de ajuda humanitária ou ações de grupos armados.

 

“Estamos todos muito felizes que acabou essa guerra em Gaza, que acabou a matança, a destruição”, concluiu, ressaltando a mistura de alívio e preocupação que marca as ruas do país neste momento.