Arcebispo de Aparecida pede leis em favor dos pobres durante celebração do Dia da Padroeira
Por Redação
Durante a missa das 8h deste domingo (12), no Santuário Nacional de Aparecida (SP), o arcebispo Dom Orlando Brandes fez um apelo para que políticos eleitos votem em leis voltadas às necessidades da população em situação de vulnerabilidade. A celebração ocorreu no feriado de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.
De acordo com a Agência Brasil, a cerimônia contou com a presença do presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin. Durante a homilia, Dom Orlando afirmou que, para muitos, os pobres são invisíveis, criticados ou ignorados. Ele pediu que a padroeira ajude os parlamentares a legislar em favor dos mais necessitados. A fala foi recebida com aplausos pelo público presente.
O arcebispo também abordou o tema da desigualdade social. Disse que a redução da pobreza pode contribuir para uma convivência mais pacífica e afirmou que, embora existam muitas diferenças no país, é possível diminuir essas distâncias.
No sermão, Dom Orlando ainda mencionou o que chamou de correntes que aprisionam as pessoas e convocou os fiéis a romperem com vícios e polarizações. Citou como exemplos o álcool, as drogas e as ideologias.
Após a missa, Alckmin falou sobre a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Europa. O presidente será recebido nesta segunda-feira (13) pelo Papa Leão XIV, no Vaticano. A informação foi divulgada pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
Lula está em Roma para participar da Semana Mundial da Alimentação, organizada pela FAO, e de encontros da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Alckmin afirmou que a reunião com o pontífice será uma oportunidade para tratar de temas como paz, fome e desigualdade.
Questionado sobre a fala do arcebispo, o presidente em exercício respondeu que é necessário manter o foco nas pessoas que enfrentam dificuldades. Ele afirmou que houve avanços, como a saída do Brasil do Mapa da Fome, mas destacou que essa é uma missão contínua.
A celebração em Aparecida é considerada uma das maiores do calendário católico no país. Segundo levantamento do Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), ligado à Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, a expectativa era de que 450 mil pessoas visitassem a cidade durante a Festa da Padroeira.
Desse total, aproximadamente 40 mil são romeiros que chegam ao santuário a pé, em cumprimento de promessas ou para agradecer por graças recebidas. Durante a homilia, o arcebispo mencionou esses fiéis e afirmou que, mesmo com os pés machucados, eles mantiveram a esperança.
A Secretaria de Turismo estima que o evento deve movimentar R$ 168,8 milhões em receitas diretas na região.