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Símbolo da MPB e Tropicália, Tom Zé pode ser homenageado com maior honraria da AL-BA

Por Leonardo Almeida

Símbolo da MPB e Tropicália, Tom Zé pode ser homenageado com maior honraria da AL-BA
Foto: Reprodução

A deputada estadual Fátima Nunes (PT) sugeriu que o cantor, compositor e arranjador Antônio José Santana Martins, o Tom Zé, seja condecorado com a mais alta honraria da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a Comenda 2 de Julho. O Projeto de Resolução foi protocolado nesta segunda-feira (6).

 

De acordo com o texto, a homenagem reconhece o legado do artista iraraense, cuja obra “carrega referências da Bahia para o mundo”. A deputada destaca na justificativa que Tom Zé é “um dos nomes mais originais da música popular brasileira”, com uma trajetória marcada pela inovação e pelo compromisso com a cultura popular.

 

Nascido em Irará, no Portal do Sertão baiano, Tom Zé começou sua relação com a música ouvindo Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e sambas de roda. Formou-se pela Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde também lecionou e participou de grupos eruditos, como a Orquestra Sinfônica da universidade.

 

Ainda na década de 1960, participou de espetáculos como “Nós, por Exemplo” e “Nova Bossa-Velha & Velha Bossa-Nova”, ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethânia, que deram origem ao movimento Tropicalista. Tom Zé é creditado como um dos principais articuladores da Tropicália, participando do álbum histórico “Tropicália ou Panis et Circensis” (1968).

 

Sua obra combina experimentação sonora e crítica social, utilizando instrumentos criados com objetos cotidianos — como furadeiras e serrotes — e técnicas inovadoras de composição. Entre seus prêmios, estão o Prêmio Shell de Música, o Prêmio Multicultural Estadão, e o reconhecimento internacional de veículos como o The New York Times e a Rolling Stone, que o incluíram entre os artistas mais influentes da música brasileira.

 

A justificativa do projeto ainda ressalta que Tom Zé completará 90 anos em 2026, o que, segundo Fátima Nunes, torna a homenagem “ainda mais simbólica e justa, por celebrar uma vida dedicada à arte e à cultura baiana e brasileira”.

 

“A presente proposição tem por objetivo homenagear, por meio de concessão da Comenda 2 de Julho, ao grandioso artista, cantor, compositor, arranjador musical Antônio José Santana Martins, o Tom Zé, como retribuição e reconhecimento ao seu legado e obra que carrega referências da Bahia para o mundo (...). Conceder a Comenda 2 de Julho a Tom Zé é reconhecer um baiano que levou a inventividade e a irreverência do nosso povo para os palcos do mundo. Sua obra é um patrimônio da Bahia”, escreveu a deputada na justificativa.