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Pesquisadores da UEPB criam método para rápida identificação de bebidas adulteradas com metanol

Por Redação

Pesquisadores da UEPB criam método para rápida identificação de bebidas adulteradas com metanol
Foto: Sandro Araújo / Agência Saúde DF

Pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, desenvolveram um método rápido e de baixo custo para identificar adulterações em bebidas destiladas, incluindo a presença de metanol — substância altamente tóxica e que tem causado surtos de intoxicação no país. A informação foi divulgada pelo Jornal Nacional nesta sexta-feira (3).

 

O equipamento utiliza luz infravermelha, capaz de atravessar garrafas lacradas, provocando a agitação das moléculas do líquido. Em seguida, um software interpreta os dados e aponta alterações na composição original da bebida, seja pela adição de água para render o produto, seja pela presença de substâncias indevidas como o metanol.

 

Segundo o pesquisador David Fernandes, autor do estudo, a metodologia permite identificar tanto adulterações naturais do processo de produção quanto fraudes intencionais. “Essa metodologia foi capaz de, além de identificar se a cachaça estava adulterada com compostos que são característicos da própria produção, ou se foi feita alguma alteração fraudulenta como água ou algum outro composto”, explicou.

 

O método, testado inicialmente em amostras de cachaça, apresentou até 97% de precisão e não exige o uso de reagentes químicos, o que garante análises rápidas, em poucos minutos. Os resultados já renderam duas publicações na revista científica Food Chemistry, referência na área de química e bioquímica de alimentos.

 

Além da aplicação em laboratórios, os pesquisadores acreditam que a tecnologia poderá ser usada por órgãos de fiscalização. Para ampliar o alcance, a equipe também desenvolve um mecanismo prático para consumidores: um canudo que muda de cor ao entrar em contato com metanol.

 

“A gente está desenvolvendo uma solução em que vai ter um canudo impregnado com a substância química, que ao contato com o metanol, ela vai mudar de cor. Isso vai fazer com que o usuário também tenha uma segurança de, quando estiver consumindo a bebida, de que a bebida não tem o teor de metanol”, afirmou Nadja Oliveira, pró-reitora de pós-graduação da UEPB.