Adolfo Menezes critica desequilíbrio das emendas parlamentares e diz que reeleição em Brasília é “desproporcional”
Por Paulo Dourado
O deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Adolfo Menezes, criticou nesta segunda-feira (22) o desequilíbrio que as emendas parlamentares federais provocam no processo de renovação política. Em entrevista ao podcast Projeto Prisma, do Bahia Notícias, ele afirmou que os valores elevados favorecem a reeleição de quem já ocupa cargos no Congresso Nacional, dificultando a entrada de novos nomes.
“É difícil você chegar lá hoje, porque é desproporcional um cara que tem 300, 400, 500 milhões em emendas, para outro que não tem nada. Deputado estadual praticamente não tem emenda. Acho que este ano é 5 milhões, enquanto lá tem gente com 200, 500 milhões”, destacou.
Menezes apontou que essa diferença torna mais fácil a reeleição dos atuais deputados federais, enquanto vereadores ou deputados estaduais não dispõem de recursos para competir em pé de igualdade.
Segundo ele, quando um parlamentar não consegue se reeleger para a Câmara dos Deputados é por “incompetência”, já que o volume de verbas disponíveis garante grande vantagem.
“Todos os que estão em Brasília como deputados federais, pouquíssimos deixaram de se reeleger. Então, o cara foi muito incompetente, porque tem uma montanha de dinheiro”, concluiu.
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