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Brasil registra 2,7 mil óbitos infantis por sepse, em 2024, segundo Ministério da Saúde

Por Redação

Brasil registra 2,7 mil óbitos infantis por sepse, em 2024, segundo Ministério da Saúde
Foto: Divulgação

O Dia Mundial de Prevenção da Sepse, celebrado em 13 de setembro, ganha destaque neste ano com foco na proteção de recém-nascidos e crianças. A Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP) chama a atenção para a gravidade da condição, considerada uma das principais causas de morte evitável nos hospitais.

 

Segundo dados preliminares de 2024 do Ministério da Saúde, o Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do SUS registrou 7,7 mil atendimentos por sepse em recém-nascidos e 9,8 mil em crianças. No mesmo período, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) apontou 2,7 mil óbitos infantis por septicemia no país.

 

No cenário mundial, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em 2020, foram registrados 48,9 milhões de casos de sepse, resultando em 11 milhões de mortes — o equivalente a 20% de todos os óbitos globais. Aproximadamente metade desses casos envolveu crianças com menos de cinco anos. A OMS destaca ainda que 85% dos casos ocorrem em países de baixa e média renda, onde há maior dificuldade de diagnóstico e tratamento.

 

A infectologista e membro da SOBRASP, Claudia Vidal, ressalta que o diagnóstico precoce e o manejo adequado são determinantes para salvar vidas. “O reconhecimento imediato da sepse e o início rápido do tratamento são medidas decisivas para reduzir a mortalidade. A identificação e o tratamento devem estar no centro das estratégias de segurança do paciente”, afirmou.

 

A sepse é geralmente provocada por infecções bacterianas, mas também pode ser consequência de vírus, parasitas ou fungos. Muitos casos têm origem em infecções associadas à assistência à saúde, frequentemente causadas por microrganismos resistentes a antimicrobianos, o que agrava o quadro clínico e eleva o risco de morte.

 

A condição pode afetar qualquer pessoa, mas é mais comum em idosos, grávidas, recém-nascidos, crianças, imunocomprometidos e indivíduos com doenças crônicas.

 

Nos recém-nascidos, os principais sinais de alerta incluem temperatura corporal instável, apatia, dificuldade para se alimentar, pele fria ou manchada e icterícia. Já em crianças, os sintomas mais frequentes são febre elevada, vômitos e diarreia persistentes, confusão mental, respiração acelerada e redução na quantidade de urina.

 

Entre as medidas preventivas estão a higienização das mãos, a vacinação, o diagnóstico precoce, o tratamento adequado de infecções e melhorias em saneamento básico e acesso à água potável. Em caso de suspeita, a recomendação é procurar atendimento médico imediato.

 

O tratamento envolve a busca da fonte da infecção e o uso de antimicrobianos, embora a resistência bacteriana possa dificultar a resposta clínica.

 

Em 2024, foi lançada a Agenda Global para Sepse, a primeira estratégia mundial com metas até 2030, apoiada por mais de 70 organizações internacionais. O plano tem cinco pilares: liderança política, fortalecimento dos sistemas de saúde, mobilização social, estímulo à pesquisa e inovação, além da integração do manejo da sepse em cenários de pandemias e emergências de saúde pública.

 

As metas estabelecidas incluem reduzir a incidência global da doença em 25%, aumentar a taxa de sobrevivência em 20% e diminuir os custos relacionados ao tratamento em 20%.