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Líderes do Brics vão discutir multilateralismo e tarifas dos EUA em reunião convocada pelo Brasil

Por Redação

Líderes do Brics vão discutir multilateralismo e tarifas dos EUA em reunião convocada pelo Brasil
Foto: Alexandre Brum / Brics Brasil

Os chefes de Estado do Brics devem se reunir na próxima segunda-feira (2) para debater medidas de fortalecimento do multilateralismo e estratégias de ampliação do comércio entre os países do bloco. O encontro, convocado pelo Brasil, ocorrerá em meio ao aumento das tensões com os Estados Unidos, que vêm aplicando sobretaxas de até 50% sobre exportações brasileiras e de outros países.

 

Embora não devam ser citados nominalmente, os EUA estarão no centro da discussão. A política protecionista do presidente Donald Trump e a pressão contra o uso de moedas locais nas transações comerciais preocupam os países do grupo, que veem as medidas como uma tentativa de ampliar a dependência global do dólar.

 

Além de Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul, o Brics passou a contar neste ano com mais seis membros: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. A reunião será virtual e ainda depende da compatibilização das agendas dos líderes.

 

Segundo o jornal "O Globo" governo brasileiro avalia que o endurecimento de tarifas por parte dos EUA tem dado novo impulso ao bloco, com um viés cada vez mais comercial. Produtos como carnes, calçados, pescados, café, madeira, frutas e bens de capital estão entre os mais atingidos. Em resposta, o Brasil estuda aplicar medidas de retaliação previstas na Lei de Reciprocidade, aprovada neste ano pelo Congresso. O instrumento permite aumentar tarifas de importação e elevar tributos sobre itens de propriedade intelectual, como filmes e livros.

 

O tema também é alvo de um processo aberto pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), embora a expectativa seja de que a tramitação leve anos. Paralelamente, o governo enviou a Washington um relatório com esclarecimentos sobre combate à corrupção, preservação ambiental, tributação do etanol, patentes e até o funcionamento do Pix.

 

No Brasil, há ainda expectativa sobre como o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), por tentativa de golpe, pode impactar o cenário. Interlocutores do governo avaliam que uma eventual condenação e prisão do ex-presidente poderia levar Trump a adotar novas sanções contra o país.