Ciro Nogueira nega ligação com PCC e pede investigação da PF sobre acusações
Por Redação
O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro, protocolou neste domingo (31) um ofício endereçado ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, no qual nega qualquer vínculo com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e solicita apuração imediata pela Polícia Federal (PF).
O documento foi apresentado após questionamentos do site ICL e relatos atribuídos a uma testemunha que teria afirmado à PF que o parlamentar recebeu dinheiro em espécie de integrantes da facção criminosa.
Na manifestação, Nogueira declarou que “essas pessoas jamais estiveram em meu gabinete” e que “por jamais ter tido proximidade de qualquer espécie, e portanto nunca poderia ter advogado em benefício delas (…) é absolutamente mentirosa” a possibilidade de favorecimento financeiro.
O senador também solicitou que a PF verifique registros de acesso ao seu gabinete no Congresso e em locais associados aos investigados. “Solicito à Polícia Federal que solicite os registros de entrada em meu gabinete no ano citado ou em qualquer ano, e que requeira as imagens e os registros de entrada na sede ou nos escritórios dessas pessoas”, escreveu. Ele acrescentou: “Coloco, por meio deste, TODOS os meus sigilos à disposição”.
Em outro trecho, Nogueira criticou a publicação responsável por noticiar o caso, classificando o ICL como “um site de pistolagem da esquerda, uma espécie de milícia digital”, e acusou a plataforma de promover “gravíssimas e desleais calúnias”.
O parlamentar concluiu destacando que o enfrentamento ao crime organizado não pode ser instrumentalizado politicamente. “Quero crer que o importante combate e repressão às organizações criminosas não serão usados como instrumento de perseguição política, por meio da proliferação de informações falsas e absolutamente mentirosas.”