Éden Valadares defende julgamento de Bolsonaro e aliados no STF: “Encontro com a Justiça”
Por Redação
O novo secretário Nacional de Comunicação do Partido dos Trabalhadores (PT) e presidente estadual da legenda na Bahia, Éden Valadares, se manifestou neste domingo (31) a favor do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, que será realizado nesta terça-feira (2) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A Corte vai analisar acusações de tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito e de envolvimento em um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
Valadares afirmou que, ao contrário do que chamou de “perseguição política” contra o PT, que atingiu o presidente Lula, a ex-presidente Dilma Rousseff e o senador Jaques Wagner, agora há provas robustas. “Existem provas documentadas e áudios obtidos pela Polícia Federal comprovando crime na conduta dos acusados”, destacou.
Ele ponderou que não comemora prisões, mas reforçou a importância de distinguir política e justiça. “Não celebro a prisão de ninguém, não celebro condenação. O que acho é que a justiça não pode se confundir com a política. Quando a política entra no tribunal pela porta, a justiça sai pela janela”, afirmou.
Apesar do tom cauteloso, o dirigente petista demonstrou confiança no processo conduzido pelo STF. “Estou muito contente, digamos assim, de que aqueles que foram acusados de crimes tão graves... sejam julgados. Dia 2 de setembro não começa o debate entre esquerda, direita e o STF. Dia 2 de setembro começa o encontro de Bolsonaro e seus cúmplices com a justiça”, declarou.
Valadares ressaltou ainda o papel internacional do Brasil no contexto democrático. “Não é qualquer coisa se um país da dimensão do Brasil, virasse as costas ou fechasse os olhos para todo esse conjunto de problemas.”
Ao final, ele reforçou a legalidade e a amplitude do processo. “Bolsonaro e todos os réus têm a oportunidade de se defender desse processo que vem acontecendo desde 2023. Não é um julgamento feito só por um juiz, como no caso de Lula. Ele vai ser julgado por uma turma do STF”, concluiu.