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Brasil recusa pedido da ONU para subsidiar hospedagem de delegações da COP30 em Belém

Por Redação

Brasil recusa pedido da ONU para subsidiar hospedagem de delegações da COP30 em Belém
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasi

O governo brasileiro negou a solicitação da ONU (Organização das Nações Unidas) para arcar com parte dos custos de hospedagem das delegações internacionais que participarão da COP30, em novembro, em Belém (PA). Em carta enviada ao país, a organização sugeriu que o Brasil custeasse, sobretudo, estadias de representantes de nações menos desenvolvidas e insulares.

 

Após reunião da UNFCCC, braço climático da ONU, nesta sexta-feira (22), a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, disse que o pedido foi rejeitado por falta de viabilidade financeira.

 

“O governo brasileiro já está arcando com custos significativos para a realização da COP. Não há como subsidiar delegações, inclusive de países mais ricos que o Brasil. Não cabe aos brasileiros fazerem subsídios a outros países”, afirmou Belchior.

 

Como alternativa, o Brasil apoiou a reivindicação de países africanos e insulares para que a ONU aumente o valor do auxílio pago aos diplomatas. Atualmente, o órgão custeia cerca de US$ 250 por diária em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, mas pouco menos de US$ 150 em Belém.

 

Segundo o secretário-extraordinário da COP30, Valter Correia, a ONU alega que mudar o procedimento exigiria trâmites burocráticos complexos, mas o Brasil pediu uma reconsideração. “É preciso sair da zona de conforto e dar uma contribuição maior”, disse.

 

Até o momento, 47 países já confirmaram reservas para suas delegações. Desses, 39 utilizaram a plataforma oficial, mas o número de nações mais pobres nesse grupo é pequeno. Outros, como Egito, Espanha, Portugal, Japão e Noruega, organizaram hospedagens por conta própria.

 

O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, afirmou que o Brasil criou uma força-tarefa para tratar caso a caso da acomodação, priorizando países com menos condições financeiras.

 

A crise da rede hoteleira de Belém, que até agora se recusa a informar preços ao governo, já afetou negociações diplomáticas sobre o clima. Dezenas de países chegaram a pressionar para que a cúpula fosse transferida de cidade, hipótese descartada pelo Brasil e pela ONU.

 

Entre as soluções estudadas, estão o uso de navios-cruzeiro, aluguel de imóveis em plataformas como o Airbnb e investimento em novos hotéis. O Brasil já havia enviado à UNFCCC, em 18 de agosto, um documento reiterando que não há possibilidade de mudar a sede da conferência.