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PF encontrou mensagem no celular de Bolsonaro com pedido de asilo político a Milei; Moraes exige explicações

Por Edu Mota, de Brasília

Jair Bolsonaro mexendo no celular
Foto: arquivo Agência Brasil

Segundo informações do jornal O Globo, mensagens encontradas no celular do ex-presidente Jair Bolsonaro, apreendido pela Polícia Federal, possuem um pedido de asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei. Na análise do material apreendido, a PF identificou um arquivo de texto cuja última modificação foi feita em 12 de fevereiro de 2024, e afirmou que conteúdo revela que Bolsonaro “praticou atos para obter asilo político na Argentina”.

 

Foto: Reprodução 

Foto: Reprodução 

O documento, segundo os policiais, possui 33 páginas e a introdução prevê uma alegação de perseguição política no Brasil.

 

“De início, devo dizer que sou, em meu país de origem, perseguido por motivos e por delitos essencialmente políticos. No âmbito de tal perseguição, recentemente, fui alvo de diversas medidas cautelares”, diz o texto encontrado no celular.

 

A reportagem do jornal O Globo afirma que o documento consta no indiciamento do ex-presidente feito pela Polícia Federal por coação no curso do processo e abolição violenta ao Estado Democrático de Direito. O arquivo foi salvo no aparelho celular do ex-presidente no dia 10 de fevereiro, dois dias após a operação da PF que apreendeu o passaporte de Bolsonaro. 

 

No dia 12 de fevereiro, o documento foi modificado pela última vez, e no mesmo dia, Jair Bolsonaro foi à embaixada da Hungria no Brasil, onde ficou hospedado por duas noites.

 

“Embora se trate de um único documento em formato editável, sem data e assinatura, seu teor revela que o réu, desde a deflagração da operação Tempus Veritatis [que apura tentativa de golpe de Estado], planejou atos para fugir do país, com o objetivo de impedir a aplicação de lei penal”, afirma a polícia.

 

Diante do material apresentado pela Polícia Federal, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, intimou a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para que, no prazo de 48 horas, preste esclarecimentos sobre os reiterados descumprimentos das medidas
cautelares impostas, "além da reiteração das condutas ilícitas e a existência de comprovado risco de fuga".

 

Alexandre de Moraes pediu imediata vista dos autos à Procuradoria Geral da República, para que se manifeste. Moraes também deu prazo para que a PGR emita seu parecer a respeito da denúncia sobre fuga de Bolsonaro em 48 horas.