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Brasil mantém índice de reciclagem de latas de alumínio acima de 96% por 16 anos consecutivos

Por Redação

Brasil mantém índice de reciclagem de latas de alumínio acima de 96% por 16 anos consecutivos
Foto: Divulgação/Recicla Latas

O Brasil registrou, em 2024, taxa de reciclagem de latas de alumínio de 97,3%, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (14) pela Recicla Latas, associação sem fins lucrativos formada por fabricantes e recicladores. O índice mantém a sequência de 16 anos consecutivos com patamar acima de 96%.

 

Em 2023, o reaproveitamento foi de 99,6%, com 33,9 bilhões das 34,8 bilhões de latas comercializadas sendo recicladas. Em 2022, o país chegou a ultrapassar 100% de reciclagem, o que significa que mais latas foram recicladas do que vendidas naquele ano. Após o descarte, os recipientes retornam às prateleiras em cerca de 60 dias.

 

O secretário-executivo da Recicla Latas, Renato Paquet, atribui o desempenho à robustez da logística reversa no Brasil. A prática, prevista na Lei 12.305/2010, obriga fabricantes a se responsabilizarem pelo retorno e tratamento dos resíduos gerados.

 

O trabalho de catadores, muitos em situação de vulnerabilidade, é apontado como fundamental para manter o índice elevado. O Movimento Nacional dos Catadores estima que existam cerca de 800 mil profissionais atuando na coleta de recicláveis no país. Em 2020, a Associação Brasileira do Alumínio (Abal), a Associação Brasileira da Lata de Alumínio (Abralatas) e o Ministério do Meio Ambiente firmaram termo de compromissos prevendo investimentos para melhorar a renda e as condições de trabalho dessa categoria.

 

Para a presidente da Abal, Janaina Donas, a reciclagem no país é mais do que uma ação ambiental: “É uma estratégia de competitividade, segurança de suprimento e caminho essencial para a descarbonização do setor.” O presidente da Abralatas, Cátilo Cândido, destaca que a cadeia de reciclagem de latas gera renda e oportunidades em todo o Brasil.

 

Já o presidente da Associação Nacional dos Catadores (Ancat), Roberto Rocha, defende que, além da remuneração pelo material, seja criado um pagamento específico pelo serviço de coleta. Ele propõe que prefeituras, com apoio da iniciativa privada, financiem o trabalho, beneficiando também catadores autônomos não vinculados a cooperativas.