Modo debug ativado. Para desativar, remova o parâmetro nvgoDebug da URL.

Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Internacional

Notícia

Embaixada dos EUA volta a criticar Alexandre de Moraes

Por Redação

Embaixada dos EUA volta a criticar Alexandre de Moraes
Foto: Gustavo Moreno / STF

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou, neste sábado (9), novas críticas direcionadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, acusando-o de “usurpar poder” e comprometer a separação entre os Poderes da República. A manifestação foi feita nas redes sociais da representação diplomática norte-americana, intensificando a crise diplomática entre os dois países.

 

A postagem ocorreu um dia após o encarregado de Negócios da embaixada, Gabriel Escobar, ser convocado pelo Itamaraty para prestar esclarecimentos sobre uma nota anterior que continha ameaças veladas a aliados de Moraes. A nova publicação repete, em português, o teor de uma mensagem postada anteriormente por Christopher Landau, vice-secretário de Estado dos EUA. Ambas estão vinculadas na plataforma X (antigo Twitter).

 

A embaixadora anterior, Elizabeth Frawley Bagley, deixou o cargo com a posse do presidente Donald Trump, e o novo embaixador ainda não foi oficialmente designado. Enquanto isso, Escobar atua como representante oficial da missão diplomática americana no Brasil.

 

Nas mensagens, tanto Landau quanto a embaixada destacam que a separação de poderes é essencial para a liberdade democrática e afirmam que tal princípio “não significa nada” se um dos poderes tiver capacidade de intimidar os demais. “O que está acontecendo agora no Brasil ressalta esse ponto: um único ministro do STF usurpou poder ditatorial ao ameaçar líderes dos outros poderes, ou suas famílias, com detenção, prisão ou outras penalidades”, afirma a publicação.

 

“Essa pessoa destruiu a relação histórica de proximidade entre Brasil e os Estados Unidos, ao tentar, entre outras coisas, aplicar extraterritorialmente a lei brasileira para silenciar indivíduos e empresas em solo americano.”

 

O texto afirma ainda que a situação é “sem precedentes e anômala”, argumentando que, enquanto é possível dialogar com presidentes e parlamentares, “não se negocia com um juiz”. E conclui com um apelo: “Queremos restaurar nossa amizade histórica com a grande nação do Brasil!”

 

As declarações se somam à recente decisão do governo americano de incluir Alexandre de Moraes na lista de sanções da Lei Magnitsky, instrumento que pune estrangeiros por supostas violações graves de direitos humanos ou corrupção sistêmica.

 

Em resposta, o governo brasileiro manifestou formalmente sua "profunda indignação" com o conteúdo e o tom das postagens, classificando-as como um “ataque frontal à soberania brasileira”. Em nota, afirmou que o Brasil “não se curvará a pressões, venham de onde vierem” e que continuará a reagir institucionalmente a qualquer tentativa de ingerência externa.

 

A crise abre um novo capítulo nas relações entre Brasília e Washington, justamente em um momento de tensão política interna no Brasil, após recentes episódios envolvendo investigações conduzidas pelo STF e debates sobre liberdade de expressão e limites da atuação judicial.