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Filósofo lança livro em Salvador com crítica ao impacto político e social da inteligência artificial

Por Redação

Filósofo lança livro em Salvador com crítica ao impacto político e social da inteligência artificial
Foto: Reprodução

O filósofo Cristian Arão lança a obra “IA, Entre Fantasmas e Monstros – Como os algoritmos precarizam o trabalho e alimentam o autoritarismo”. O livro que será lançado neste sábado (9), às 14h, no auditório do Instituto de Biologia da UFBA, em Ondina, analisa como sistemas de inteligência artificial, além de automatizar tarefas, reproduzem desigualdades, disseminam desinformação e fortalecem estruturas autoritárias.

 

O lançamento acontece em um momento de debate mundial sobre a regulação das big techs, que também se tornou pauta geopolítica — inclusive com as recentes taxações impostas pelo governo Donald Trump ao Brasil. Na obra, Arão argumenta que os algoritmos não são neutros, mas ferramentas moldadas por interesses econômicos e políticos.

 

Com abordagem interdisciplinar que reúne filosofia, sociologia, psicanálise e análise tecnológica, o autor descreve como esses sistemas têm sido usados como instrumentos de vigilância, exclusão e exploração. Ele relaciona o avanço da lógica algorítmica à amplificação de fake news e ao fortalecimento de projetos autoritários, como os de Jair Bolsonaro e Donald Trump.

 

“A inteligência artificial virou o novo oráculo do século XXI, mas, na prática ela responde a perguntas moldadas por interesses econômicos e políticos”, afirma Arão. Segundo ele, por trás da promessa de inovação há “fantasmas históricos e monstros políticos” que precisam ser identificados e enfrentados.

 

O livro também aborda temas como a precarização das relações de trabalho, moderação de conteúdo, crescimento da extrema-direita nas redes e o que o autor chama de “fetichismo tecnocrático”. Para ele, “a IA não cria o extremismo — ela o amplifica. Transforma medo em votos, precarização em métricas, exclusão em ‘otimização’”.

 

Professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e pesquisador da Estratégia Latino-Americana de Inteligência Artificial (ELA-IA), Arão se apoia em sua trajetória acadêmica, com doutorado e pós-doutorado em filosofia, para questionar a visão de que a tecnologia é, por si só, emancipadora. “Ao contrário do que vendem os entusiastas do Vale do Silício, a IA não representa uma ruptura com a história, mas sua intensificação”, disse.

 

A obra propõe reflexão sobre os impactos políticos e sociais da tecnologia e defende uma inteligência artificial que seja construída com valores humanos, éticos e democráticos.

 

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