78% das escolas municipais estão funcionando, declara prefeitura de Salvador em meio a greve dos professores

A Prefeitura de Salvador informou, nesta quinta-feira (10), que 78% das escolas da rede municipal já retomaram as atividades, mesmo com a greve dos profissionais da educação. Segundo dados da Secretaria Municipal da Educação (Smed), das 412 unidades, cerca de 321 estão em funcionamento, número que vem aumentando nos últimos dias com o retorno de trabalhadores aos seus postos.

A gestão municipal reforçou o apelo para que os profissionais que permanecem em greve encerrem o movimento, com o objetivo de garantir o pleno funcionamento da rede e minimizar os prejuízos para estudantes e suas famílias.

Segundo a Prefeitura, a campanha salarial de 2025 resultou em reajustes de 9% a 18% para os profissionais da educação, índices superiores ao piso nacional, que teve aumento de 6,27%. Com a legislação aprovada pela Câmara de Vereadores, nenhum professor da rede municipal recebe remuneração abaixo do piso, fixado em R$ 4.867,77.

A administração destacou que a tabela de vencimentos atual é irrevogável, já que sua revogação implicaria redução de salários, o que é vedado pela Constituição Federal. No entanto, durante as negociações com a categoria, foram acertados ajustes, como:

• Atualização da Gratificação de Otimização pelos mesmos índices futuros de reajuste da tabela de vencimentos;
• Restabelecimento do limite de 25% da Gratificação de Aprimoramento;
• Restabelecimento da ajuda de custo para professores das escolas situadas nas Ilhas;
• Restabelecimento da gratificação para professores em unidades socioeducativas.
• Também foi negociada a possibilidade de conversão da licença-prêmio em pecúnia, mediante regulamentação futura, com participação da categoria na definição de critérios e condições. Além disso, foi pactuada a criação de novas vagas nos níveis 2, 3 e 4 da carreira, permitindo que mais professores pleiteiem progressão por titulação.

A Prefeitura informou que não haverá novas rodadas de negociação enquanto a greve continuar, por entender que os avanços já concedidos atendem aos limites legais e fiscais. A gestão municipal ainda destacou que há decisões judiciais determinando o fim da paralisação desde 7 de maio, inclusive com sentença do Supremo Tribunal Federal (STF) nesse sentido.

Por fim, a Prefeitura voltou a apelar para que os profissionais retornem às atividades, garantindo o direito dos estudantes ao acesso à educação.