O presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT) anunciou que disputar&aacute; as elei&ccedil;&otilde;es presidenciais brasileiras em 2026 durante encontro oficial com o presidente indon&eacute;sio Prabowo Subianto.

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Na madrugada desta quinta-feira (23), os dois l&iacute;deres assinaram diversos memorandos e acordos de coopera&ccedil;&atilde;o em Jacarta, capital da Indon&eacute;sia, abrangendo setores como agricultura, energia, com&eacute;rcio, educa&ccedil;&atilde;o, defesa, ci&ecirc;ncia e tecnologia.

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Os documentos firmados entre Brasil e Indon&eacute;sia buscam intensificar as rela&ccedil;&otilde;es bilaterais entre os pa&iacute;ses, que juntos representam um mercado de quase 500 milh&otilde;es de habitantes. A aproxima&ccedil;&atilde;o ocorre em um contexto de busca por maior autonomia comercial e fortalecimento do multilateralismo.

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Durante o encontro, os presidentes discutiram temas como a situa&ccedil;&atilde;o em Gaza, reforma do Conselho de Seguran&ccedil;a da ONU e o papel do Brics. Ambos manifestaram posi&ccedil;&otilde;es alinhadas sobre quest&otilde;es internacionais, incluindo os conflitos no Oriente M&eacute;dio e na Ucr&acirc;nia.

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O interc&acirc;mbio comercial entre Brasil e Indon&eacute;sia apresentou crescimento expressivo nas &uacute;ltimas duas d&eacute;cadas. Os valores saltaram de US$ 2 bilh&otilde;es para US$ 6,5 bilh&otilde;es nesse per&iacute;odo. A Indon&eacute;sia ocupou a quinta posi&ccedil;&atilde;o entre os principais destinos das exporta&ccedil;&otilde;es do agroneg&oacute;cio brasileiro em 2024.

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&quot;&Eacute; quase inexplic&aacute;vel, para as nossas sociedades, como &eacute; que dois pa&iacute;ses importantes no mundo, como Indon&eacute;sia e Brasil, com quase 500 milh&otilde;es de habitantes, s&oacute; tenham um com&eacute;rcio de US$ 6 bilh&otilde;es. &Eacute; pouco&quot;, afirmou Lula durante o encontro.

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O presidente brasileiro tamb&eacute;m destacou: &quot;Por isso, vamos fazer um esfor&ccedil;o muito grande para trabalhar muito para que Indon&eacute;sia e Brasil se transformem em dois parceiros fundamentais na geografia econ&ocirc;mica do mundo&quot;, acrescentando que os dois pa&iacute;ses s&atilde;o &quot;na&ccedil;&otilde;es determinadas a assumir o lugar que nos corresponde em uma ordem em profunda transforma&ccedil;&atilde;o&quot;.

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O presidente Prabowo indicou que existe potencial para que o com&eacute;rcio bilateral alcance US$ 20 bilh&otilde;es nos pr&oacute;ximos anos. Como parte dos esfor&ccedil;os para fortalecer os la&ccedil;os entre as na&ccedil;&otilde;es, o presidente indon&eacute;sio anunciou a inclus&atilde;o do portugu&ecirc;s entre as l&iacute;nguas priorit&aacute;rias do sistema educacional de seu pa&iacute;s.

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Em seu discurso, Lula defendeu que Brasil e Indon&eacute;sia possam utilizar suas pr&oacute;prias moedas nas transa&ccedil;&otilde;es comerciais bilaterais. &quot;Indon&eacute;sia e Brasil n&atilde;o querem uma segunda Guerra Fria. N&oacute;s queremos com&eacute;rcio livre. E, mais ainda: tanto a Indon&eacute;sia quanto o Brasil t&ecirc;m interesse em discutir a possibilidade de comercializa&ccedil;&atilde;o entre n&oacute;s dois ser com as nossas moedas&quot;, declarou.

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Sobre a governan&ccedil;a global, o presidente brasileiro defendeu uma reforma integral do Conselho de Seguran&ccedil;a da ONU para resolver a &quot;falta de representatividade e presente paralisia&quot; da entidade, e ressaltou a &quot;import&acirc;ncia crescente do Brics como plataforma de defesa dos interesses de desenvolvimento do Sul Global&quot;.

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Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; situa&ccedil;&atilde;o no Oriente M&eacute;dio, Lula declarou: &quot;Nossos governos est&atilde;o unidos contra o genoc&iacute;dio em Gaza e continuar&atilde;o a defender a solu&ccedil;&atilde;o de dois Estados como &uacute;nico caminho poss&iacute;vel para a paz no Oriente M&eacute;dio&quot;. Prabowo concordou, mencionando que os dois pa&iacute;ses t&ecirc;m &quot;comportamentos semelhantes em assuntos como os dos conflitos na Palestina e na Ucr&acirc;nia&quot;.

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Na &aacute;rea de coopera&ccedil;&atilde;o para o desenvolvimento, Lula mencionou: &quot;Al&eacute;m disso, sabemos que n&atilde;o h&aacute; desenvolvimento sustent&aacute;vel sem superar a fome e a pobreza. A Alian&ccedil;a Global contra a Fome e a Pobreza, lan&ccedil;ada durante a presid&ecirc;ncia brasileira do G20, contou desde o in&iacute;cio com o apoio da Indon&eacute;sia&quot;.

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Ao confirmar sua candidatura para as elei&ccedil;&otilde;es de 2026, Lula afirmou: &quot;Vou disputar um quarto mandato no Brasil. Digo isso porque ainda vamos nos encontrar muitas vezes. Esse meu mandato s&oacute; termina em 2026, no final do ano. Mas eu estou preparado para disputar outras elei&ccedil;&otilde;es e tentar fazer com que a rela&ccedil;&atilde;o entre Indon&eacute;sia e Brasil seja por demais valorosa&quot;.

O presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva chegou &agrave; Indon&eacute;sia nesta quarta-feira (22) para participar da c&uacute;pula da Associa&ccedil;&atilde;o de Na&ccedil;&otilde;es do Sudeste Asi&aacute;tico (Asean). Durante a viagem oficial de quatro dias, h&aacute; expectativa de um encontro bilateral com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, programado para domingo (26).

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O Itamaraty trabalha na confirma&ccedil;&atilde;o da reuni&atilde;o entre os dois l&iacute;deres, apesar das agendas intensas de ambos. O encontro representa uma oportunidade estrat&eacute;gica para o Brasil abordar quest&otilde;es comerciais sens&iacute;veis com os EUA, especialmente a tarifa de 40% imposta pelo governo americano sobre produtos brasileiros.

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A pauta da poss&iacute;vel conversa com Trump inclui tamb&eacute;m discuss&otilde;es sobre a situa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica na Venezuela, considerando as recentes san&ccedil;&otilde;es e a&ccedil;&otilde;es norte-americanas contra o pa&iacute;s. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou otimismo quanto aos resultados do encontro, sinalizando possibilidade de revers&atilde;o das tarifas aplicadas &agrave;s exporta&ccedil;&otilde;es brasileiras.

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Na c&uacute;pula da Asean, o Brasil participar&aacute; como &quot;parceiro de di&aacute;logo setorial&quot;, o que limita sua presen&ccedil;a ao formato de reuni&otilde;es paralelas. A associa&ccedil;&atilde;o re&uacute;ne dez na&ccedil;&otilde;es: Brunei, Camboja, Laos, Indon, Mal&aacute;sia, Tail&acirc;ndia, Mianmar, Filipinas, Singapura e Vietn&atilde;. O Timor-Leste deve se integrar ao grupo ainda este ano.

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A agenda oficial de Lula come&ccedil;a amanh&atilde; (23), quando se encontrar&aacute; com o presidente indon&eacute;sio para fortalecer a coopera&ccedil;&atilde;o bilateral em &aacute;reas como com&eacute;rcio, agricultura, seguran&ccedil;a alimentar, bioenergia, desenvolvimento sustent&aacute;vel e defesa.

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Na sexta-feira (24), o presidente brasileiro estar&aacute; na Mal&aacute;sia, onde ocorrer&aacute; a c&uacute;pula da Asean e ser&atilde;o assinados diversos acordos bilaterais. A programa&ccedil;&atilde;o inclui ainda reuni&otilde;es com outros chefes de Estado da regi&atilde;o.

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A comitiva brasileiraque acompanha Lula &eacute; formada por ministros de alto escal&atilde;o: Mauro Vieira (Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores), Carlos F&aacute;varo (Agricultura e Pecu&aacute;ria), Luciana Santos (Ci&ecirc;ncia, Tecnologia e Inova&ccedil;&atilde;o), Alexandre Silveira (Minas e Energia), al&eacute;m do presidente do Banco Central, Gabriel Gal&iacute;polo.

O presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva embarcou por volta de 10h nesta ter&ccedil;a-feira (21) com destino &agrave; &Aacute;frica do Sul, onde seu voo far&aacute; escala antes de prosseguir para a Indon&eacute;sia. Lula seguiu viagem sem fazer o an&uacute;ncio da indica&ccedil;&atilde;o do futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga deixada por Lu&iacute;s Roberto Barroso.&nbsp;

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Havia a expectativa em Bras&iacute;lia de que o presidente Lula indicaria ainda nesta ter&ccedil;a o advogado-geral da Uni&atilde;o (AGU), Jorge Messias, para o lugar de Barroso. Lula inclusive teve um encontro na noite desta segunda (20) com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (Uni&atilde;o-AP), para comunicar sua escolha.

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Segundo disse o l&iacute;der do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), ao site G1, Alcolumbre defendeu junto a Lula a indica&ccedil;&atilde;o do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga de Lu&iacute;s Roberto Barroso no STF. Jaques Wagner esteve com Lula antes de o presidente da Rep&uacute;blica embarcar para a &Aacute;sia.&nbsp;

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Na conversa nesta manh&atilde;, Lula teria detalhado como havia sido a reuni&atilde;o a s&oacute;s com Alcolumbre, no Pal&aacute;cio da Alvorada. O l&iacute;der do governo disse que, na agenda entre os presidentes, Alcolumbre voltou a defender o nome de Pacheco.&nbsp;

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Para Jaques Wagner, no entanto, Lula tem &ldquo;convic&ccedil;&atilde;o firmada&rdquo; em torno da escolha de Jorge Messias para a cadeira.

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&ldquo;Eu que agendei a conversa [entre Lula e Alcolumbre]. Era o que eu esperava: ele [Alcolumbre] foi defender o nome do Pacheco. Se o presidente [Lula] disse se j&aacute; escolheu ou n&atilde;o escolheu [o indicado], eu n&atilde;o sei. N&atilde;o gosto de me precipitar. Acho que ele [Lula] est&aacute; com a convic&ccedil;&atilde;o firmada&rdquo;, disse o senador baiano.

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O l&iacute;der confirmou que o presidente Lula s&oacute; far&aacute; a indica&ccedil;&atilde;o na pr&oacute;xima semana, quando voltar de viagem. Antes da defini&ccedil;&atilde;o, Lula deve se reunir com Rodrigo Pacheco e com o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da Uni&atilde;o (TCU), para comunicar a sua escolha por Messias.

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De acordo com Jaques Wagner, apesar das movimenta&ccedil;&otilde;es de Alcolumbre, o presidente Lula &ldquo;continua convencido&rdquo; de que Rodrigo Pacheco deve ser candidato a governador de Minas Gerais em 2026.&nbsp;

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&ldquo;&Eacute; p&uacute;blica a torcida dele [Alcolumbre] pelo Rodrigo [Pacheco]. Acho absolutamente normal. O presidente continua convencido de que o melhor nome para disputar o governo de Minas &eacute; o Rodrigo&rdquo;, declarou Wagner ao Uol. 
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