Especial 476 anos de Salvador: Mulheres chefiam mais da metade dos lares na capital baiana
Por Eduarda Pinto
Como já dizia o canto baiano Márcio Victor, em Salvador cenas de “mulheres no comando, mulheres no poder” são comuns! Informações divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (28), em comemoração aos 476 anos da primeira capital do Brasil, apontam que Salvador, além ser a capital mais feminina - com quase 55% da população composta por mulheres -, é a terceira capital brasileira com mais mulheres na chefia de domicílios.
Em 2022, 535.085 domicílios soteropolitanos tinham uma mulher como responsável, o que representava 55,8% do total. A realidade é ainda mais palpável nas regiões de Ilha dos Frades/Ilha de Santo Antônio, e nos bairros de Nova Esperança e São João do Cabrito. Nesses locais, mais de 6 em cada 10 residências são chefiadas por mulheres.
Durante a pesquisa, Ilha dos Frades/Ilha de Santo Antônio possuia 203 domicílios chefiados por mulheres, o que representava 69,3% do total, o equivalente a 7 em cada 10. No bairro de Nova Esperança, 63,4% dos domicílios, o equivalente a 3.839 casas, eram chefiados por mulheres em 2022. Por fim, em São João do Cabrito, 4.647 residências tinham uma mulher como responsável, ou 61,4% do total do bairro.
A situação só se inverte em 10 bairros da cidade. Segundo o IBGE, entre os bairros em que mais da metade dos domicílios chefiados por homens, lideram o Horto Florestal (61,1%), Porto Seco Pirajá (58,8%), Mares e Piatã (53,6% cada um).