Após aumento da taxa básica de juros, Haddad defende presidente do BC e diz que ele não pode ‘dar cavalo de pau’
Por Redação
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu, nesta última quarta-feira (19), o novo presidente do banco central, Gabriel Galípolo, dizendo que ele não poderia "dar um cavalo de pau depois que assumiu". A declaração foi dada durante o programa "Bom Dia, Ministro", da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), após a subida da taxa básica de juros para 14,25%, mesmo patamar do pior momento econômico do governo de Dilma Rousseff (PT) (2011-2016).
A expressão é idêntica à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usada no fim de janeiro, na primeira subida da taxa Selic de 2025.
“Você não pode, na presidência do BC, dar um cavalo de pau depois que assumiu, é uma coisa muito delicada”, afirmou Haddad.
“O novo presidente e os diretores têm uma herança a administrar, assim como eu tinha uma herança a administrar depois de Paulo Guedes [ministro da Economia no governo Jair Bolsonaro]”, disse o ministro.
Ainda em defesa da nova gestão do Banco Central, Haddad declara que os profissionais do grupo "são qualificados" e "vão fazer e buscar o melhor pelo país".
“O Executivo também tem trabalho a fazer, marco fiscal a cumprir. Vamos, esse ano, cumprir os nossos compromissos de meta. E o BC tem a meta de inflação [atualmente, em 3%, com intervalo de tolerância de 1,5%] também, assim como eu tenho a meta fiscal a cumprir. São metas sempre exigentes, mas que temos que buscar”, finalizou o ministro da Fazenda.