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Pesquisadora da Mudança do Garcia, Rosana Costa fala sobre processo de tombamento do bloco junto ao Iphan

Por Francis Juliano / Gabriel Lopes

Pesquisadora da Mudança do Garcia, Rosana Costa fala sobre processo de tombamento do bloco junto ao Iphan
Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias

A Mudança do Garcia chega ao Carnaval de Salvador em 2025 celebrando 95 anos de bloco. Uma das pautas centrais do projeto para o momento é o reconhecimento como patrimônio imaterial junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). E quem tem ajudado no processo é Rosana Costa, estudante de Arquivologia da Ufba, que apresentou um trabalho de conclusão de curso sobre a Mudança.

 

"A mudança do Garcia, para dizer a verdade, eu sempre ouvi falar dessa festa que é linda, maravilhosa. É uma festa diferente, um Carnaval. Quando se fala de bloco, muita gente tem a imagem de que é o trio elétrico que passa no circuito Osmar, Dodô, no Campo Grande, com os artistas renomados e tudo. Aqui também temos artistas de qualidade, que também unem para poder divertir o povo, mas é o Carnaval antigo, onde participam as crianças, adultos, idosos. Ë um carnaval que nunca se ouviu falar de violência, é um carnaval que une alegria e protesto, que é a conscientização sobre os problemas que acontecem na sociedade, é isso que eu considero de mais valioso", disse em entrevista ao Bahia Notícias nesta segunda (3).

 

"Eu não conhecia antes. Sempre quando eu ouvia falar fala assim da Mudança do Garcia, é uma festa que é protesto. E eu disse que ia procurar conhecer mais a fundo. Eu vim procurar o coordenador Rodney para poder saber mais sobre a história da Mudança e como ele se organiza. Passou por muitas transformações, mas mesmo assim eles procuram preservar a festa tradicional do carnaval. E eu estou muito feliz por ter feito o TCC", acrescentou.

 

Segundo Rosana, sua paixão pela Mudança do Garcia passa pela pluralidade do bloco. "É uma festa representativa e é uma festa que abraça toda a comunidade", afirmou.

 

"A forma como os movimentos sociais, sindicatos, a presença dos políticos que vêm para cá. Abraça toda a comunidade, todas as ideologias, todos os movimentos. Aqui não tem separação, não tem exclusão. Qualquer pessoa pode vir, pode participar, é aberto ao público em geral", finalizou.

 

Para este ano, a festa tem como tema justamente as quase 10 décadas de história. Ao Bahia Notícias, o Rodney Martins, coordenador do bloco há 12 anos, pontuou a importância da conquista do título de patrimônio imaterial como uma forma de respeito e preservação do bloco, um dos mais antigos da festa baiana, e que ainda sofre com questões de logística e captação de recursos.