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Ângela Guimarães destaca apoio aos blocos afro e combate ao racismo no Carnaval de Salvador

Por Francis Juliano / Bia Jesus

Ângela Guimarães destaca apoio aos blocos afro e combate ao racismo no Carnaval de Salvador
Foto: Eduarda Pinto / Bahia Notícias

Presente na saída do Bloco Ilê Ayê, na noite deste sábado (1º), a secretária da Promoção da Igualdade Racial da Bahia (SEPROMI), Ângela Guimarães, celebrou o investimento do Governo do Estado no fortalecimento dos blocos de matriz africana durante o Carnaval de Salvador, por meio do programa Ouro Negro.

 

"O Governo do Estado reconhece a importância dos blocos afro, de samba, de samba reggae, afoxé. Por isso, instituiu desde 2008 esse programa de apoio, de subsídio, para assegurar que essas agremiações, que têm um trabalho comunitário que perpassa o ano inteiro, mas também um valor simbólico e identitário que atravessa gerações, consigam estar bonitos, bem estruturados, chegar na avenida com seus associados e com seus temas do carnaval na boca do povo. Isso tudo é importante porque é exatamente o que faz o Carnaval da Bahia ser um carnaval plural no sentido da diversidade das expressões culturais, porém único no Brasil. Em nenhum outro lugar do país você vê tanta diversidade em um só espaço", afirmou.

 

Sobre a redução de denúncias de racismo no Carnaval, a secretária atribuiu o fato a uma maior conscientização social e fortalecimento dos canais de denúncia.

 

"Olha, eu gosto muito da máxima de Vovô, fundador do Ilê [Ayê]: não é que está acontecendo menos racismo, é que a sociedade está mais mobilizada, mais conscientizada, os organismos de denúncia estão mais ativos, o poder público está mais articulado institucionalmente, fazendo campanhas como a nossa, 'Com racismo não tem folia', colocando cada vez mais equipamentos públicos à disposição dessas denúncias. Isso acaba inibindo também aquelas pessoas que achavam que tinham livre ação para sair por aí proferindo ataques e ofensas racistas", explicou.

 

Apesar da maior vigilância e das campanhas educativas, Ângela reforçou que o racismo continua sendo uma realidade no Brasil e que a subnotificação ainda é um desafio.

 

"Então, eu não acho que o racismo no Brasil diminuiu, muito pelo contrário, ele se intensificou. Mas hoje temos mais vigilância, mais equipamentos públicos, mais campanhas e o resultado de cinco décadas de blocos afro atuando na formação de uma consciência antirracista na sociedade. Tivemos o registro de uma denúncia, mas não quer dizer que só houve essa. Em casos como o racismo, violência contra a mulher, contra pessoas com deficiência ou LGBTQIAPN+, ainda enfrentamos a subnotificação, porque nem sempre todas as pessoas se sentem mobilizadas a denunciar", concluiu.