<a href="https://www.bahianoticias.com.br/noticia/300619-tradicional-bairro-de-salvador-rio-vermelho-padece-com-restricoes-para-construcao-e-impacto-economico-e-sentido" target="_blank">Com o questionamento de empres&aacute;rios do setor imobili&aacute;rio sobre o futuro da constru&ccedil;&atilde;o Civil no bairro do Rio Vermelho</a>, a associa&ccedil;&atilde;o de moradores do bairro pediu um &ldquo;di&aacute;logo transparente e democr&aacute;tico&rdquo; para a promo&ccedil;&atilde;o e revitaliza&ccedil;&atilde;o do bairro. Em nota enviada ao Bahia Not&iacute;cias, o grupo apontou que o bairro permanece &ldquo;vivo e atrativo.&nbsp;

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&ldquo;Como moradores e frequentadores do Rio Vermelho, reconhecemos a relev&acirc;ncia do debate sobre o equil&iacute;brio entre preserva&ccedil;&atilde;o patrimonial e desenvolvimento econ&ocirc;mico, mas discordamos veementemente da narrativa que associa a estagna&ccedil;&atilde;o do bairro exclusivamente &agrave; exist&ecirc;ncia de normas de prote&ccedil;&atilde;o ao seu patrim&ocirc;nio hist&oacute;rico e cultural. O Rio Vermelho &eacute; um bairro que se mant&eacute;m vivo e atrativo gra&ccedil;as ao amor e cuidado de seus habitantes e comerciantes, que investem continuamente na preserva&ccedil;&atilde;o de nossa hist&oacute;ria e cultura. Infelizmente, padecemos de uma atua&ccedil;&atilde;o digna e coerente por parte do poder executivo municipal no que diz respeito &agrave; gest&atilde;o e ao planejamento urbano da regi&atilde;o&rdquo;, aponta a nota.&nbsp;

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O grupo ainda indica que &eacute; &ldquo;preciso esclarecer que a tentativa de participa&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o local no desenvolvimento econ&ocirc;mico e urbano do bairro tem sido ignorada&rdquo;. &ldquo;Projetos como a requalifica&ccedil;&atilde;o da orla do Burac&atilde;o, por exemplo, s&oacute; avan&ccedil;aram mediante a imposi&ccedil;&atilde;o de contrapartidas pol&ecirc;micas, como a aceita&ccedil;&atilde;o de dois pr&eacute;dios de 15 andares em uma rua sem sa&iacute;da, na beira da praia. Al&eacute;m disso, a chamada &ldquo;ciclovia&rdquo; recentemente entregue na Rua Conselheiro Pedro Luiz &eacute; um exemplo de projeto urbano que carece de planejamento adequado e respeito &agrave;s normas t&eacute;cnicas. A ciclovia, apesar de nova, oferece muitos perigos para os ciclistas&rdquo;, acrescenta a nota.

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Para o grupo de moradores, o Rio Vermelho &ldquo;n&atilde;o se encontra estagnado por conta de restri&ccedil;&otilde;es de gabarito, mas pela falta de di&aacute;logo transparente e democr&aacute;tico entre o poder p&uacute;blico, a iniciativa privada e os cidad&atilde;os&rdquo;.&nbsp;

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&ldquo;Os desafios que enfrentamos s&atilde;o consequ&ecirc;ncia direta da falta de pol&iacute;ticas urbanas que harmonizem o desenvolvimento econ&ocirc;mico com a preserva&ccedil;&atilde;o ambiental, cultural e social. Estamos ansiosos para discutir a fundo as outorgas, alvar&aacute;s concedidos e o novo PDDU da cidade, sempre com foco em garantir que o crescimento do Rio Vermelho seja sustent&aacute;vel, inclusivo e respeitoso &agrave; hist&oacute;ria que o torna &uacute;nico. Seguimos na expectativa de que nossas vozes sejam ouvidas e que, juntos, possamos construir um bairro que respeite sua ess&ecirc;ncia enquanto avan&ccedil;a equilibradamente&rdquo;, finaliza a nota do movimento SOS Burac&atilde;o.

Tradicional bairro de Salvador, o Rio Vermelho &eacute; conhecido por sua hist&oacute;ria, cultura e belezas naturais. Apesar disso, o bairro vem enfrentando um dilema que tem gerado debates acalorados: o conflito entre a preserva&ccedil;&atilde;o do patrim&ocirc;nio hist&oacute;rico e o desenvolvimento econ&ocirc;mico. Com as normas estabelecidas pelos &oacute;rg&atilde;os respons&aacute;veis pela preserva&ccedil;&atilde;o das riquezas arquitet&ocirc;nicas, o Rio Vermelho vem enfrentando obst&aacute;culos para o crescimento do bairro.

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Diante dessa situa&ccedil;&atilde;o, a regi&atilde;o tem ficado estagnada&nbsp;enquanto &aacute;reas vizinhas &mdash; como Ondina, Pituba e Horto Florestal &mdash; n&atilde;o param de crescer. Com o setor imobili&aacute;rio sendo um dos mais afetados, o que acaba impactando tamb&eacute;m o setor de servi&ccedil;os e a gera&ccedil;&atilde;o de empregos. Em algumas &aacute;reas do bairro, o gabarito estabelecido para edifica&ccedil;&otilde;es n&atilde;o pode ultrapassar dois pavimentos &mdash; com 7 metros -, enquanto em outros bairros, o limite &eacute; de quatro pavimentos com 12 metros.&nbsp;

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Com a restri&ccedil;&atilde;o, o bairro fica impossibilitado de receber a constru&ccedil;&atilde;o de edif&iacute;cios mais altos, que poderiam aumentar a oferta de im&oacute;veis na regi&atilde;o, movimentando a economia local. Empres&aacute;rios do setor da constru&ccedil;&atilde;o procuraram o Bahia Not&iacute;cias para se queixar do esquecimento do bairro.&nbsp;

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Alguns deles decidiram tratar sobre o tema, apesar de preferirem n&atilde;o se identificar. Um deles apontou ao BN que desistiu de comprar um terreno na Rua da Paci&ecirc;ncia. &ldquo;Muito complicado. Existe uma burocracia absurda e in&uacute;meras restri&ccedil;&otilde;es. Logo eu percebi que iria perder tempo e dinheiro. Preferi investir em outro lugar&rdquo;, explicou.

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As regras tamb&eacute;m estabelecem diretrizes rigorosas para reformas em im&oacute;veis. As empresas precisam seguir normas espec&iacute;ficas para a composi&ccedil;&atilde;o da fachada, revestimento, implanta&ccedil;&atilde;o e volumetria. Isso limita a criatividade e dificulta a adapta&ccedil;&atilde;o dos projetos &agrave;s necessidades do mercado.

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Sem falar na demora para obter documenta&ccedil;&otilde;es e pareceres para intervir em casas ou pr&eacute;dios localizados em &aacute;reas tombadas ou protegidas. A burocracia atrasa e muitas vezes inviabiliza a execu&ccedil;&atilde;o de projetos. Um desest&iacute;mulo para empreiteiras e tamb&eacute;m para quem pensa em adquirir uma casa ou apartamento no Rio Vermelho.

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As consequ&ecirc;ncias na economia local s&atilde;o inevit&aacute;veis, limitando o crescimento do com&eacute;rcio e servi&ccedil;os na regi&atilde;o. Quem pensa em abrir neg&oacute;cio no bairro se depara com incertezas jur&iacute;dicas e se frustra com as restri&ccedil;&otilde;es para realizar reformas.&nbsp;

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Um empres&aacute;rio da regi&atilde;o, que atua no setor de bares e restaurantes, indicou que &ldquo;a preserva&ccedil;&atilde;o do patrim&ocirc;nio hist&oacute;rico n&atilde;o precisa ser um obst&aacute;culo para o progresso&quot;. &quot;&Eacute; poss&iacute;vel encontrar um equil&iacute;brio. As regras engessam o mercado, desvalorizam terrenos e impedem a moderniza&ccedil;&atilde;o do bairro&rdquo;, disse, tamb&eacute;m pedindo para preservar o anonimato.

Um inc&ecirc;ndio atingiu um apartamento de um pr&eacute;dio localizado no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, nesta quinta-feira (9). Segundo o Al&ocirc; Juc&aacute;, a situa&ccedil;&atilde;o teria acontecido ap&oacute;s um ar-condicionado sofrer um curto-circuito.&nbsp;

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De acordo com a reportagem, os moradores conseguiram sair do apartamento quando o fogo come&ccedil;ou. O Corpo de Bombeiros est&aacute; no local tentando debelar o inc&ecirc;ndio. No entanto, ainda h&aacute; uma fuma&ccedil;a saindo do residencial.&nbsp;

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N&atilde;o h&aacute; feridos no pr&eacute;dio. A rua fonte do boi, onde aconteceu o inc&ecirc;ndio foi interditada pelos Bombeiros e pela Pol&iacute;cia Militar.&nbsp;&nbsp;

Notícia

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