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Hamilton Assis revela dinâmica de nova bancada do PSOL na CMS: “A gente marcha separado, mas batemos juntos”

Por Leonardo Almeida / Eduarda Pinto

Hamilton Assis revela dinâmica de nova bancada do PSOL na CMS: “A gente marcha separado, mas batemos juntos”
Foto: Reprodução / Redes sociais

Eleito pela primeira vez à Câmara Municipal de Salvador, nas últimas eleições municipais de 2024, o vereador Hamilton Assis (PSOL) estreou a legislatura com mudanças na dinâmica do seu grupo político dentro da Casa. Com a conquista inédita de duas cadeiras na Câmara, o PSOL, que está posicionado em cenário de oposição à Prefeitura de Bruno Reis, optou por se “desvincular” da bancada de oposição, criando um grupo individual independente.

 

Ao Bahia Notícias, Hamilton Assis explica o funcionamento do novo grupo: “Hoje nós temos uma dupla representação, criamos a bancada e ganhamos status de bancada”, revela. “Tem o que eu acho muito interessante, é que a gente marcha separado, mas batemos juntos. Ou seja, vamos estar sempre articulados com a bancada de oposição para articular as principais intervenções, assim como os projetos que nós vamos elaborar e vamos propor”, afirma. 

 

A bancada oposição na Câmara de Vereadores era formada, até 2024, pelos partidos PSB, PT, PCdoB, PSOL, MDB, PSD e Podemos, totalizando nove cadeiras. No entanto, em 2025, o PSOL optou por formar uma bancada independente - com seus dois vereadores Eliete Paraguassu e Hamilton Assis - fora do grupo multi-partidário da oposição. Com a saída do PSOL, a bancada de oposição na nova legislatura, iniciada em 2025, ficará com oito nomes. 

 

“É apenas um artifício político, um ponto de vista tático, para que a gente possa, vamos dizer assim, estar evidenciando com maior distinção as propostas, os projetos do pessoal”, evidencia. Sobre as motivações, o psolista explica que a “independência do governo do Estado” motivou a repartição do grupo de oposição. Em entrevista ao BN, ele detalha que após o sucesso do projeto eleitoral, o PSOL busca protagonismo e autonomia na Câmara. 

 

“Porque nós consideramos que uma grande parte da bancada de oposição está muito vinculada, ou preocupada inclusive, com a defesa do governo do Estado. Então, como a gente tem uma particularidade de independência em relação ao governo do Estado e para ficar mais à vontade para poder colocarmos as nossas críticas, nós resolvemos afirmar a nossa autonomia quanto à bancada independente da oposição”, explica. 

 

A mudança ocorreu após uma legislatura em que o PSOL chegou a liderar a bancada de oposição na Câmara, em 2023, pela da chapa Pretas por Salvador, na figura de Laina Crisóstomo. Assis defende que a decisão parte de um posicionamento ideológico do grupo, firmando maior vínculo com a esquerda identitária. 

 

“Não necessariamente porque nós nos mostrarmos como algo diferente, mas, sobretudo, porque nós queremos afirmar os nossos projetos, as nossas ideias, nossas leituras em relação à cidade e em relação ao governo do Estado, para assim a gente ter essa clareza do diálogo com as bases eleitorais que nos elegeram. Tem mais protagonismo também”, diz. 

 

O atual líder da bancada psolista conclui ainda que a desassociação das “relações formais da convivência” na Câmara deve impulsionar o grupo, que, novamente, decidiu prezar pela liberdade na articulação política. 

 

“Fundamentalmente, tem mais protagonismo. Ou ter um protagonismo mais livre dessas relações mais formais da convivência dentro de blocos partidários institucionais. Ou seja, nós formamos um bloco informal do ponto de vista da intervenção da articulação política, mas formal no que pese as dinâmicas, os rituais institucionais, particularmente da Câmara. A gente preferiu se preservar nesse aspecto”, completou.