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“Acredito que a gente é capaz de ter uma Polícia cidadã”, afirma a delegada Patrícia Oliveira do DPMCV

Por Ana Clara Pires

“Acredito que a gente é capaz de ter uma Polícia cidadã”, afirma a delegada Patrícia Oliveira do DPMCV
Foto: Ana Clara Pires / Bahia Notícias

Coordenadora do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis, a delegada Patrícia Oliveira ressaltou a importância de uma polícia baseada em “justiça social” e que tenha “proximidade com a população”. 

 

“Acredito que a gente é capaz de ter uma Polícia cidadã. Uma polícia que está lá para resgatar quem precisa ser resgatado, para encaminhar quem precisa ser encaminhado, e cuidar. Então o departamento vem para isso, por isso que a gente é tudo e mais alguma coisa”, alegou.

 

A delegada também afirmou que o Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis surge a partir desta premissa. “O desafio do departamento é atuar juntamente com todos da rede e envolver a sociedade, conscientizando que não é um problema só daquela família”.

 

“O que acontece quando uma mulher morre? O marido é preso. Quem fica com esses filhos? Isso envolve a família extensa. Você tem toda uma estrutura familiar que fica impactada que não é só a família nuclear. Como essa criança vai ser criada? Então, eu não consigo mudar a cultura para uma cultura de paz, se eu não cuidar das famílias. No fundo, o papel do departamento é cuidar das famílias, de qualquer membro daquela família que esteja sofrendo alguma violação”, explicou a delegada.

 

Em seguida, Patrícia explicou que o departamento surgiu para garantir o exercício da cidadania. “Nosso trabalho não é só fazer inquérito policial. Tem outras variáveis que envolvem mais do que fazer apenas um inquérito. Fazer apenas um procedimento policial e encaminhar para justiça não soluciona o problema. Porque envolve uma série de afetos, uma série de questões que envolve aquela família. E que precisam ser relacionados a outros fatores para várias pessoas poderem cuidar daquela família”, contou.

 

Patrícia explicou que “fazer com que as famílias tenham o mínimo de funcionalidade” deve ajudar a diminuir os índices de violência. “Para a gente mudar o quadro de segurança pública é preciso que a gente entenda porque as pessoas na nossa sociedade estão fazendo determinadas escolhas. Porque é uma escolha, o criminoso não brota do chão. Uma liderança não nasce, toda a liderança é construída. Como a gente interrompe a capacidade de uma facção de recrutar pessoas? Cuidando das famílias”.

 

“Então a gente vai evitar isso tentando chegar o mais cedo possível nas vítimas. Criando mais fatores de proteção para as pessoas poderem fazer escolhas melhores. O departamento vem nessa lógica, a gente atua cuidando dessas pessoas e tentando resolver o sofrimento. Não apenas um processo de responsabilizar, mas também lidar com os traumas que a pessoa sofreu por conta daquelas violências”.