Bancada do PT na Assembleia Legislativa da Bahia presta homenagem a Carlos Marighella
Por Leonardo Almeida / Ana Clara Pires
Um dia após o assassinato de Carlos Marighella completar 55 anos, a bancada petista Assembleia Legislativa da Bahia promoveu uma homenagem ao guerrilheiro, considerado maior inimigo da ditadura.
Os deputados petistas Euclides Fernandes, Fátima Nunes, Maria del Carmen, Rosemberg Pinto e Robinson Almeida participaram do ato. Além deles, o deputado Hilton Coelho (PSOL) também fez parte do momento. Carlos Marighella foi capturado e morto por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) no dia 04 de novembro de 1969, em uma emboscada coordenada pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, em São Paulo.
Marighella entrou para a política em 1934, quando deixou o curso de Engenharia Civil na Escola Politécnica da Bahia e ingressou no Partido Comunista do Brasil (PCB). Ele chegou a se eleger deputado federal, mas teve o mandato cassado quando seu partido foi banido.
Em 1968, após deixar o PCB, criou a Ação Libertadora Nacional (ALN) organização responsável pela operação mais ousada do período quando sequestrou o embaixador americano Charles Elbrick, em setembro de 1969, no Rio.
Após ser mantido como refém em uma residência cedida por Fernando Gabeira em Rio Comprido, o diplomata só foi liberto após a libertação de 15 presos políticos que foram enviados para exílio no México. Entre eles, estavam os líderes estudantis José Dirceu e Vladimir Palmeira.