O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou, nesta sexta-feira (1), que responsabilizar&aacute; o grupo que ele avalia ser os &quot;traidores da p&aacute;tria&quot; e &quot;pseudopatriotas por negocia&ccedil;&otilde;es com autoridades internacionais e ataques virtuais contra magistrados e seus familiares. As declara&ccedil;&otilde;es foram feitas na abertura do ano judici&aacute;rio.&nbsp;

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&ldquo;Estamos verificando diversas condutas dolosas e conscientes de uma verdadeira organiza&ccedil;&atilde;o criminosa que, de forma jamais anteriormente vista em nosso pa&iacute;s, age de maneira covarde e trai&ccedil;oeira, com a finalidade de tentar submeter o funcionamento deste Supremo Tribunal Federal ao crivo de um Estado estrangeiro. Age, repito, de maneira covarde e trai&ccedil;oeira. Covarde, porque esses brasileiros pseudopatriotas encontram-se foragidos e escondidos. Fora do territ&oacute;rio nacional&rdquo;, afirmou o ministro.

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O ministro diz que vai buscar os autores das amea&ccedil;as contra ele e demais integrantes do STF para responsabiliz&aacute;-los.&nbsp;

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&ldquo;Dia ap&oacute;s dia, esses brasileiros traidores da p&aacute;tria continuam a incentivar, instigar, auxiliar a pr&aacute;tica de atividades e atos hostis ao Brasil. [&hellip;] Como bem disse o ministro Gilmar Mendes, ser&aacute; responsabilizada, ser&aacute; integralmente responsabilizada. Na mais caracter&iacute;stica criminosa dessa verdadeira organiza&ccedil;&atilde;o miliciana, ao fazerem as postagens, dizem: &lsquo;ainda h&aacute; tempo, ainda h&aacute; tempo&rsquo; caso voc&ecirc; aceite a torpe coa&ccedil;&atilde;o. Acham que est&atilde;o lidando com pessoas da laia deles. Acham que est&atilde;o lidando tamb&eacute;m com milicianos, mas n&atilde;o est&atilde;o. Est&atilde;o lidando com ministros da Suprema Corte brasileira. Enganam-se&quot;, informou Moraes.&nbsp;

O deputado Ant&ocirc;nio Carlos Rodrigues (SP), expulso do PL ap&oacute;s defender Alexandre de Moraes, era um dos principais interlocutores entre o presidente do partido e o ministro do STF.&nbsp;

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O parlamentar, que era ministro dos Transportes no governo Dilma Rousseff, &eacute; pr&oacute;ximo do magistrado desde os tempos em que Moraes ocupava um cargo no poder executivo de S&atilde;o Paulo.&nbsp;

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O deputado expulso tamb&eacute;m era cr&iacute;tico ao projeto de anistia defendido por bolsonaristas. Ele foi o &uacute;nico do PL a n&atilde;o assinar o requerimento para urg&ecirc;ncia do projeto. Ele tamb&eacute;m chegou a fazer um discurso no plen&aacute;rio sobre o assunto e disse que n&atilde;o ia ceder &agrave;s press&otilde;es e que n&atilde;o guia sua vida pol&iacute;tica por &ldquo;apelos do Legislativo&rdquo;.

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&ldquo;Tenho seis mandatos e n&atilde;o me guio por press&otilde;es, circunst&acirc;ncias ou apelos de ocasi&atilde;o, que s&atilde;o irrestritos e acelerados pelo legislativo, sem di&aacute;logo efetivo com o Judici&aacute;rio. Isso compromete o equil&iacute;brio entre os Poderes. O parlamento n&atilde;o pode assumir o papel de julgador sobre a pena de suprimir a atua&ccedil;&atilde;o do Poder Judici&aacute;rio&rdquo;, disse o deputado durante o discurso.

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Ele chegou a ter a pris&atilde;o decretada em 2017 por suspeita de corrup&ccedil;&atilde;o, extors&atilde;o, participa&ccedil;&atilde;o em organiza&ccedil;&atilde;o criminosa e falsidade ideol&oacute;gica na presta&ccedil;&atilde;o de contas eleitorais, mas acabou se escondendo para n&atilde;o ser preso.&nbsp;

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O deputado foi expulso da sigla ap&oacute;s dar uma entrevista ao Metr&oacute;poles defendendo Alexandre de Moraes e criticando Donald Trump.

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&ldquo;&Eacute; o maior absurdo que j&aacute; vi na minha vida pol&iacute;tica. O Alexandre &eacute; um dos maiores juristas do pa&iacute;s, extremamente competente. Trump tem que cuidar dos Estados Unidos. N&atilde;o se meter com o Brasil como est&aacute; se metendo&rdquo;, afirmou o parlamentar.

O ex-assessor do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro afirmou, nesta quarta-feira (30), nas redes sociais, que vai contar sobre os bastidores do magistrado. Ele hoje mora na It&aacute;lia.&nbsp;

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&quot;Destruiu minha vida e a de v&aacute;rias pessoas, isso &eacute; pouco, logo eu estarei mostrando para o Brasil quem &eacute; Alexandre de Moraes e os bastidores do seu gabinete&quot;, escreveu em post com a foto de Alexandre de Moraes.&nbsp;

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&quot;Eu tenho bastante coisa&quot;, escreveu ele, sem dar detalhes.&nbsp;

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&ldquo;Tem algumas coisas fraudulentas que foram feitas (...) e comecei a questionar&rdquo;, afirmou o ex-assessor em outro post.

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&ldquo;S&oacute; entravam coisas de direita no gabinete e nada de esquerda e isso me chamou muito a aten&ccedil;&atilde;o.&rdquo;

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Ele era assessor-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento &agrave; Desinforma&ccedil;&atilde;o, no TSE, nomeado por Moraes para o cargo em 2022.

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Em maio, a Pol&iacute;cia Federal indiciou Tagliaferro por quebrar sigilo funcional com dano &agrave; administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica.&nbsp;

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Ele foi investigado pela divulga&ccedil;&atilde;o de di&aacute;logos do ministro com servidores do STF e TSE.

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Segundo a pol&iacute;cia, Tagliaferro &quot;praticou, de forma consciente e volunt&aacute;ria, a viola&ccedil;&atilde;o do sigilo funcional &ndash; sendo que ele ocupava fun&ccedil;&atilde;o de confian&ccedil;a na Assessoria Especial de Enfrentamento &agrave; Desinforma&ccedil;&atilde;o no Tribunal Superior Eleitoral&quot;.

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O ministro Alexandre de Moraes negou, no in&iacute;cio de julho deste ano, o depoimento de Tagliaferro como testemunha de Filipe Martins, que responde &agrave; a&ccedil;&atilde;o do STF pela trama golpista.

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O ministro usou a justificativa de que h&aacute; jurisprud&ecirc;ncia na Suprema Corte que impede depoimentos de investigados.&nbsp;

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