Advogado de Marçal considera "erro fatal" postagem com laudo falso contra Boulos
Por Redação
Segundo informações do GLOBO, um dos advogados da campanha de Pablo Marçal (PRTB) disse que os assessores jurídicos do candidato e o partido não foram consultados antes da postagem do falso laudo contra o candidato Guilherme Boulos (PSOL). Marçal teria contado apenas para os aliados mais próximos, como o advogado Tassio Renam.
"Erro fatal. Devia ter consultado o jurídico", disse o advogado, que agora estuda possibilidades de defesa no caso do falso laudo.
Na noite da última sexta-feira (4), Marçal divulgou um laudo falsificado apontando que Boulos teria procurado uma clínica com surto psicótico e o médico o teria encaminhado uma emergência psiquiátrica, em 2021. O mesmo documento, indicaria que o deputado federal teria testado positivo para cocaína no episódio. Cerca de uma hora depois, o post foi removido e a conta de Marçal foi derrubada pela Justiça Eleitoral.
No sábado (5), Marçal declarou a jornalistas que não se arrependia da postagem e o documento falso teria sido recebido pelo seu advogado e ex-CEO do seu grupo empresarial, Tassio Renam.
FILHA DE MÉDICO PEDE INELEGIBILIDADE DE MARÇAL
A filha do médico José Roberto de Souza, que assina o laudo falso postado por Pablo Marçal, entrou com uma ação na Justiça de São Paulo contra o candidato do PRTB. Carla Maria de Oliveira e Souza pede a inelegibilidade do candidato que teria utilizado uma assinatura falsificada de seu pai.
Carla alega que o ex-coach cometeu o crime de falsidade ideológica. Além da inelegibilidade, a filha do médico também pede a anulação ou suspensão dos votos obtidos por Marçal no primeiro turno.
O caso foi distribuído para a juíza Luiza Barros Rozas Verotti, da 13ª Vara de Fazenda Pública, mas até o momento não houve uma decisão sobre o processo. Conforme o sistema do Tribunal de Justiça de São Paulo, a ação está com "tramitação prioritária".
Em entrevista ao GLOBO, Carla Maria de Oliveira e Souza disse que espera a inelegibilidade de Marçal "por oito anos, pelo menos".
"Esse ser abjeto precisa ter limite, ele não teve nenhum tipo de punição. O que eu realmente espero dessa ação e de outras que foram movidas contra ele é que se tenha alguma coisa, a inelegibilidade desse cara por oito anos, pelo menos", disse.