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Ministra anunciada por Lula responde processo em Minas por superfaturamento na compra de uniformes escolares

Por Edu Mota, de Brasília

Presidente Lula recebeu Macaé Evaristo no Palácio da Alvorada nesta segunda-feira
Foto: Ricardo Stuckert / PR

Um dia depois do anúncio de quem irá assumir o Ministério dos Direitos Humanos (MDH) no lugar de Silvio Almeida, demitido após denúncias de assédio sexual, parlamentares de oposição e influenciadores já direcionaram suas críticas à escolhida do presidente Lula. A deputada estadual Macaé Evaristo (PT-MG), futura ministra, virou alvo da oposição por ser citada em processo de suposto superfaturamento na época em que foi secretária de Educação da cidade de Belo Horizonte, em 2011. 

 

O caso que envolve a deputada foi divulgado pelo jornal Estado de S.Paulo. De acordo com a publicação, Macaé Evaristo é ré na Justiça de Minas Gerais sob a acusação de superfaturamento na compra de kits de uniformes escolares na época em que foi secretária na gestão do prefeito Márcio Lacerda, então no PSB. 

 

Na acusação contra a ex-secretária, a Secretaria de Educação da capital mineira teria comprado uniformes escolares com um sobrepreço de R$ 3,1 milhões. O Ministério Público de Minas Gerais aponta duas irregularidades, a primeira delas, que a empresa vencedora da concorrência estava proibida de participar de licitações realizadas pelo poder público.

 

Outra irregularidade apontada pelo MP-MG foi a de que os preços dos uniformes foram superfaturados. Cotações registradas por órgãos públicos indicavam que os preços máximos eram de R$ 67,51 para o kit com o primeiro modelo e de R$ 77,31 com o segundo. A compra, no entanto, foi fechada pela secretaria municipal com um sobrepreço de R$ 17,20 e de R$ 11,70 por unidade, respectivamente, nos modelos 1 e 2.

 

Houve, no processo, um pedido de bloqueio das contas de Macaé e de outros réus, mas a Justiça negou a ação. A defesa da deputada Macaé Evaristo afirma que não há no processo qualquer indício de que a então secretário tenha agido com intenção de cometer improbidade. 

 

A própria deputada mineira disse ao Estadão que sua defesa vem contestando a acusação. "Sigo tranquila e consciente do compromisso com a transparência e correta gestão dos recursos públicos", disse a futura ministra à reportagem do jornal Estado de S.Paulo. 

 

Macaé Evaristo também fez acordos com o Ministério Público de Minas Gerais para encerrar 13 ações de improbidade administrativa, na época de sua gestão como secretária estadual de Educação, no governo de Fernando Pimentel (PT), entre 2015 e 2018. Ela pagou à Justiça uma multa de R$ 10,4 mil para finalizar os casos relacionados. 

 

"Esses processos pelos quais respondi resultaram na celebração de acordos para resolução célere e eficiente sobre questões ligadas à administração pública. Destaco ainda que sempre colaborei com a Justiça de forma engajada, reafirmando meu compromisso com a transparência, responsabilidade e defesa do interesse público", disse a deputada sobre os processos que foram encerrados.

 

O Palácio do Planalto não se pronunciou sobre os processos que envolvem a deputada estadual mineira. Nesta segunda (9), quando anunciou o convite para que ela assumisse o  Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, o presidente Lula disse que "assinarei em breve sua nomeação", além de dar as boas vindas à sua nova ministra.