“Acabaram de viver o fenômeno no RS e não tomaram vergonha”, diz Bacelar sobre atuação de deputados do PL na Câmara
Por Leonardo Almeida
O deputado federal Bacelar (PV) teceu críticas aos seus colegas filiados ao PL na Câmara em relação à atuação dos parlamentares do partido frente às pautas ambientais. Em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, da rádio Antena 1 100,1, nesta segunda-feira (26), o deputado do PV criticou especialmente a atuação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que aprovou o PL 2168/2021 na última semana, que, segundo ele, flexibiliza o uso de áreas de preservação em nascentes de rios para irrigação.
Na oportunidade, Bacelar afirmou que o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), precarizou os órgãos ambientais, o que teria favorecido para o crescimento do desmatamento e de desastres ambientais. O deputado também relembrou as enchentes no Rio Grande do Sul e afirmou que os parlamentares do PL “não tomaram vergonha” mesmo com a tragédia que ocorreu no estado.
“A turma do PL na Câmara, que é do partido de Bolsonaro, tem uma pauta antiambiental. É uma luta diária nas comissões, especialmente na CCJ. Contra meu voto, aprovamos um projeto de lei que flexibiliza as áreas de proteção ambiental às margens dos rios para usar na irrigação. Eles acabaram de viver o fenômeno climático no Rio Grande do Sul e não tomaram vergonha, não tomaram vergonha na cara. Como essa turma vem propor agora para que possa usar as margens dos rios autorização a ambiental”, disse Bacelar.
“Diariamente eles apresentam autorizando desmatamento na Amazônia, autorizando se utilizar os campos de altitude dos campos de Mata Atlântica. Enfim, é uma turma que quer destruir o meio ambiente pois tem uma visão de curto espaço de tempo, que tem uma visão do crescimento econômico acima de todas as necessidades do ser humano”, completou.
Em relação à PL 2168/2021, o projeto foi aprovado na CCJ no dia 14 de agosto, com 37 votos favoráveis e 13 contrários. No texto, o projeto afirma para “considerar como de utilidade pública as obras de infraestrutura de irrigação e dessedentação animal, inclusive os barramentos ou represamentos de cursos d’água que provoquem intervenção ou supressão de vegetação nativa em área de preservação permanente”.