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Bolsonaro quer Michelle candidata no Paraná caso Moro seja cassado, mas prazos podem atrapalhar planos; entenda

Por Edu Mota, de Brasília

Bolsonaro e Michelle
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Nota da coluna Radar, publicada na revista Veja que chegou às bancas nesta sexta-feira (23), afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro já teria batido o martelo: a sua esposa, Michelle Bolsonaro, concorrerá a um mandato pelo Senado no estado do Paraná. 

 

“Se depender de Bolsonaro, Michelle será candidata única do bolsonarismo ao Senado pelo Paraná, caso Sérgio Moro seja retirado do mandato”, afirma a nota da coluna. 

 

A antecipação da intenção eleitoral da família Bolsonaro está sendo estimulada pela aceleração do calendário do julgamento da ação contra o senador Sérgio Moro, no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. Nesta quinta (22), saiu a confirmação da indicação do novo membro do tribunal pelo presidente Lula, que tomará posse no TRE-PR no dia 8 de março. 

 

Como a partir desta data o tribunal estará com a sua composição completa, o presidente do TRE, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, agendou para os dias 1º, 3 e 8 de abril o julgamento do processo que envolve Sérgio Moro. Ao final do julgamento, Moro pode ter o seu mandato cassado, e teria que recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para não deixar sua cadeira de senador. 

 

Para que os planos do ex-presidente Bolsonaro deem certo, no caso da perda de mandato de Moro, ele terá que solucionar dois obstáculos. O primeiro, garantir que a ex-primeira-dama tenha domicílio eleitoral no Paraná a fim de disputar uma eleição extraordinária ao Senado. De acordo com o calendário eleitoral estabelecido pela Justiça Eleitoral, a data-limite para que os futuros candidatos ao pleito de outubro estejam com o domicílio eleitoral estabelecido na circunscrição onde pretendem concorrer é o dia 6 de abril. Como o julgamento de Sérgio Moro se encerrará no dia 8 de abril, Michelle Bolsonaro teria que mudar seu domicílio para o Paraná antes de saber o resultado do processo. 

 

O outro obstáculo diz respeito à intenção do ex-deputado Paulo Eduardo Martins de ser o candidato do PL caso Moro seja cassado. Paulo Martins foi o segundo colocado para o Senado nas eleições de 2022, e já deu declarações públicas de que tem um acordo com o presidente do seu partido, Valdemar Costa Neto, para ser o nome do PL na eventual disputa. 

 

A favor de uma candidatura da ex-primeira-dama, no entanto, pesa números de uma pesquisa divulgada no final do ano passado pelo Instituto Paraná Pesquisas. De acordo com o levantamento, em uma eventual disputa pela cadeira de Sérgio Moro, Michelle Bolsonaro estaria em primeiro lugar, com 35,7%, à frente do ex-senador Alvaro Dias (derrotado em 2022), com 24,4%.

 

Neste cenário, Michelle também ganharia de Gleisi Hoffmann, eventual candidata do PT e que registrou 16,2% na pesquisa. Outros nomes colocados neste cenário seriam a esposa de Moro, Rosângela (União), com 7,4%; o ex-deputado Ricardo Barros (PP), com 4,9%; e Sérgio Sousa (MDB), com 1,5%. 

 

Já no cenário com Paulo Martins e sem Michelle, o ex-senador Alvaro Dias (Podemos) se sairia vitorioso, com 29,8%. Rosangela Moro viria em segundo lugar, com 17,9%, e Gleisi em terceiro, com 16,1%. O ex-deputado Paulo Martins aparece apenas na quarta colocação, com 11,3%, à frente de Ricardo Barros (7%) e Sérgio Sousa (1%).