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Antônio Brito teria pedido apoio para presidência da Câmara e endosso a Geraldo Jr. seria moeda trocada

Por Fernando Duarte

Antônio Brito teria pedido apoio para presidência da Câmara e endosso a Geraldo Jr. seria moeda trocada
Foto: Divulgação

A “rusga” pública entre Geddel Vieira Lima e o processo eleitoral de Salvador em 2024 teve como pano de fundo as conversas que o PSD tem mantido com o MDB sobre a sucessão de Arthur Lira (PP) na Câmara dos Deputados em 2025. Sob olhares desatentos, a repercussão da postagem do emedebista ficou numa improvável retirada da candidatura de Geraldo Jr. (MDB) na corrida pela prefeitura da capital baiana. No entanto, interlocutores que acompanham as conversas do grupo político de Jerônimo Rodrigues (PT) admitem que o alvo era o PSD e Antonio Brito. 

 

Pode parecer desatino, mas a publicação de Geddel começava com uma provocação a uma entrevista em que Otto Alencar reafirmava a candidatura de Brito a prefeito. Apesar dessa insistência do PSD em “jogar para a plateia”, os aliados reconhecem que a prioridade do deputado federal é ser candidato à presidência da Câmara. Por isso, ao se colocar como pré-candidato reiteradas vezes, o parlamentar contribui para adiar a decisão já considerada atrasada de bater o martelo sobre a corrida pelo Palácio Thomé de Souza.

 

Um encontro entre Brito, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e o presidente do MDB, Baleia Rossi, teria sido o ponto de inflexão que resultou no “desabafo” de Geddel. Nessa reunião, os emedebistas ouviram a proposta de apoiar a candidatura de Brito à presidência da Câmara desde agora, retirando as possibilidades do líder do MDB, Isnaldo Bulhões, manter-se na disputa. O acordo não foi firmado, mas a hipótese passou a ser discutida internamente entre os emedebistas e a reação do cacique baiano foi em tom de aviso sobre o “foco duplo” de Brito.

 

A leitura é de que, se o deputado federal deseja ser candidato na Câmara, pode abrir mão de disputar em Salvador para endossar o nome de Geraldo Jr. Porém, ao se manter como um nome possível na capital baiana, Brito inviabiliza as conversas para que o MDB faça um gesto público a favor dele no plano federal - e Salvador seria apenas uma das cidades colocadas em debate nesse contexto.

 

Enquanto isso, o MDB segue apostando na candidatura de Geraldo Jr. a prefeito e pede celeridade, por meio de indiretas e não tão indiretas assim, no processo de escolha. Até aqui, o vice-governador segue ligeiramente à frente nessa disputa pela candidatura unificada do grupo de Jerônimo, mas falta o governador bater o martelo e falar publicamente sobre o assunto.