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Exportações baianas registram queda de 39% em agosto, aponta SEI

Por Redação

Exportações baianas registram queda de 39% em agosto, aponta SEI
Foto: Divulgação /Victor Britto

O volume de vendas da Bahia ao exterior registrou um valor de US$ 736,8 milhões em agosto, assinalando queda de 39%, em relação ao valor exportado no mesmo mês do ano passado. 

 

As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

 

De acordo com a superintendência, as exportações este ano seguem afetadas pela queda de preços das commodities e redução da demanda mundial, reflexo do ambiente global de desaceleração da economia e de aperto monetário em vários mercados. 

 

A SEI também apontou que a base de comparação elevada é outro fator que prejudica a comparação, já que, em 2022, o estado atingiu seu recorde histórico nas vendas externas, de US$ 14 bilhões.


SETORES

De acordo com a SEI, a queda dos embarques de derivados de petróleo, setor líder das exportações baianas em 2022, foi de 97,4% no mês passado e de 21,4% no ano. 

 

A queda nos preços médios do setor, em 2023, atingiu 30,7% no comparativo interanual. A redução nos preços do total dos produtos baianos exportados no mês passado até amenizou, registrando recuo de apenas 0,14%, mas, no ano, acumula perda de 17,1%, sempre na comparação com igual período do ano anterior.

 

Ainda segundo a superintendência, a demanda mundial também está menor, como reflexo de um ambiente externo de desaceleração econômica em seus principais mercados – embora em menor grau que o previsto no início do ano – já que a inflação continua a pesar sobre a atividade econômica, corroendo o poder de compra das famílias.

 

As políticas de aperto monetário dos bancos centrais para combater a inflação elevam os custos de crédito e inibem o crescimento. A continuidade da guerra no leste europeu, também contribui como outro fator de incerteza global.

 

O volume embarcado pela Bahia ao exterior em agosto teve queda de 38,9%. No ano, a queda é de 10,7%, muito influenciado por esses fatores, o que acarretou ao longo do ano na redução nos embarques de derivados de petróleo em 21,4%, no complexo soja em 8,3%, na celulose em 1,7% e nos produtos petroquímicos em 12,2% – que são os setores que lideram a pauta em 2023.

 

Em agosto, no comparativo interanual, as exportações agropecuárias caíram 22,8%, puxadas pela queda em 11,6% no volume embarcado de soja e derivados, 20,1% nos preços e de 29,4% nas receitas. No caso da indústria extrativa, houve aumento de 41%, influenciado pelo bom desempenho nas vendas de ouro, minério de níquel e magnesita. Já a indústria de transformação teve o pior desempenho no mês, com baixa de 63,5%, motivada pelo recuo já citado nas vendas de derivados de petróleo em 97,2%, no setor petroquímico em 57,6% e no setor metalúrgico em 16,6%.


PAÍSES

As exportações baianas para China, principal destino dos produtos baianos, tiveram redução de 29,5% em agosto, sempre calculadas contra igual período do ano anterior. Enquanto que as vendas totais para a Ásia caíram ainda mais: 64%, devido à redução drástica nos embarques de derivados de petróleo.

 

Na mesma base de comparação, as vendas para a América do Norte declinaram 35,1%, enquanto, para a América do Sul e Mercosul, caíram 35% e 30%, respectivamente. A boa notícia foi o aumento de vendas para União Europeia (EU) em 42,1%, influenciado pelo incremento nas vendas de soja, minérios e frutas.


IMPORTAÇÕES

Quanto às importações, chegou a US$ 630,3 milhões no mês de agosto, o que representa uma queda de 41,7% em comparação com agosto de 2022. Na comparação com o ano passado destacam-se as quedas nas importações de bens intermediários (-53,3%) e Combustíveis (-15%).

 

Com o resultado de agosto, a balança comercial da Bahia acumula um superávit de US$ 808,4 milhões em 2023, contra um saldo maior - US$ 1,64 bilhão, registrado em igual período do ano passado. As exportações somam US$ 6,88 bilhões com queda de 26% e as importações em US$ 6,07 bilhões com redução de 20,7%. A corrente de comércio atingiu US$ 12,95 bilhões com recuo de 23,6%.