Ao receber a Comenda 2 de Julho, Marcelo Nilo elogia grupo de ACM Neto e confirma que irá concorrer ao TCM
Por Rebeca Menezes / Carine Andrade
Mesmo tendo sido rifado do posto de candidato a vice-governador na chapa de ACM Neto (União), nas eleições do ano passado, o ex-deputado federal Marcelo Nilo (Republicanos) parece não ter guardado mágoas. Na tarde desta quinta-feira (31), durante a sessão solene em que foi condecorado com a Comenda 2 de Julho, maior honraria do Estado, Nilo usou boa parte do seu discurso para fazer afagos a figuras expoentes do cenário político baiano, como o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), o ex-governador Paulo Souto e o próprio ACM Neto.
Sem mandato parlamentar, Nilo afirmou que o seu futuro político a Deus pertence. “Claro que está aqui na minha mente os meus projetos. Um deles dependerá do povo da Bahia, em 2026, e outro dos parlamentares”, revelou, dando indicativos de que está no seu radar concorrer para deputado federal e conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
“ACM Neto é o maior orador da sua geração. Se Deus e o povo da Bahia lhe fizer mandatário, você fará o maior mandato de governador desde a história de Tomé de Souza”, afirmou, em direção ao ex-prefeito da capital baiana.
Presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) por dez anos, Marcelo Nilo lembrou que, na gestão do ex-governador Paulo Souto, a bancada da oposição, na qual ele fez parte por 16 anos, chegou a obstruir a votação de projetos do executivo por 48 horas consecutivas. “Eu estava do lado oposto, mas sempre o admirei e tive nele uma referência, todo mundo sabia disso”, revelou.
Diante de um plenário lotado, Nilo também destacou os seus feitos à frente do legislativo baiano e disse jamais ter imaginado chegar onde chegou.
“Eu conheço cada metro quadrado e cada funcionário desta casa. Eu deixei marcas aqui neste parlamento, ninguém viveu esta casa como eu vivi: errei, acertei, mas tudo o que eu fiz foi pensando em servir ao povo do meu estado. As obras materiais foram importantes, mas eu ressaltaria projetos que foram aprovados na minha gestão, como o que acabou com o 13º e 14º salário dos deputados. Nós também reeditamos 261 livros de personalidades que fizeram história na Bahia, a exemplo de Lampião. A política é a arte de servir e eu sempre disse: você deve ser político se você gostar de gente. Eu larguei a minha vida, modéstia parte vitoriosa de engenheiro, para servir às pessoas”, frisou.