Com 146 cargos para distribuir, governo Lula negocia adesão de PP e Republicanos
Por Redação
Passados quase três meses, o governo Lula avançou na montagem do segundo escalão, mas ainda não formalizou mais de uma centena de indicações importantes. Somando as vice-presidências, diretorias e cargos estaduais da Codevasf, DNOCs, Correios, Iphan, Incra, Caixa, FNDE, Banco do Nordeste, DNIT, Sudam, Sudene e Sudeco, o governo tem à disposição 146 cargos para distribuir entre aliados no Congresso e atrair partidos que não fazem parte da base.
De acordo com o jornal O Globo, PP e Republicanos, por exemplo, são siglas que já começaram a se organizar para ocupar novos espaços.
O Republicanos se encaminha para indicar a superintendência da Codevasf em Pernambuco: a indicação deve caber ao deputado Silvio Costa Filho (PE). O PP, por meio do deputado AJ Albuquerque (CE), tem uma coordenação do Dnocs no Ceará desde o governo Bolsonaro e quer manter.
Os cargos do PP e Republicanos ainda estão sendo negociados com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Há mais de um mês, Padilha tem coordenado o esforço de negociar postos regionais com vários partidos políticos.
Resistente a compor a base, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, declarou que “nada mudou”, e a legenda não irá aderir ao governo. Na mesmo linha, o líder do PP na Câmara, André Fufuca (MA), disse que, mesmo com as negociações envolvendo cargos regionais, a maioria do partido está afastada do governo.
