Mesmo sem Lula, agenda empresarial na China será mantida
Por Redação
Mesmo após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cancelar a ida ao país por recomendação médica, a agenda dos mais de 200 empresários brasileiros que integram a comitiva em viagem para a China será mantida.
A expectativa era de que a comitiva empresarial, que teve número recorde de convidados, fizesse parte dos eventos para assinatura dos 20 acordos bilaterais durante a viagem. O objetivo era de que a ida do presidente à China promovesse “o relançamento das relações com aquele que é o principal parceiro comercial do país [Brasil] desde 2009”.
A China é um dos maiores parceiros comerciais do Brasil, ao lado dos Estados Unidos e da Argentina. Em 2022, o país asiático importou mais de US$ 89,7 bilhões em produtos brasileiros, especialmente soja e minérios, e exportou quase US$ 60,7 bilhões para o mercado nacional. O volume comercializado, de US$ 150,4 bilhões, cresceu 21 vezes desde a primeira visita de Lula ao país, em 2004.
Como mostrou a coluna Rodrigo Rangel, do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias parte da comitiva empresarial já está na China. Entre eles, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, e Marcos Molina, fundador do frigorífico Marfrig — que, depois, assumiu o comando da BRF, uma das maiores companhias brasileiros do agronegócio.
Ao contrário do que ocorre com ministros, secretários e assessores, o governo federal não arcará com o custo das despesas dos empresários ao país.
O cancelamento da viagem de Lula ao país asiático se deu por orientação médica. Na sexta-feira (23), o presidente deu entrada no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, com sintomas gripais. Em nota, a equipe médica informa que após avaliação clínica, o presidente foi diagnosticado com uma broncopneumonia bacteriana e viral por influenza A. O tratamento já foi iniciado.