Com Bahia figurando em primeiro lugar no ranking de mortes de LGBTQIA+, forças de segurança afirmam capacitar agentes para coibir crimes
Por Redação
Dados do Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgados nesta quinta-feira (19) apontam para a Bahia como o estado com o maior número de mortes vioentas de pessoas LGBTQIA+ no último ano. Somente no estado, 27 pessoas do segmento foram vítimas desse tipo de violência.
Questionada sobre a atuação das forças de segurança no trabalho de repressão a crimes contra a comunidade, a Secretaria da Segurança Pública, através da Superintendência de Prevenção a Violência (Sprev), afirmou entender a necessidade de atuar em conjunto com outras instituições para ampliar as ações de proteção e acolhimento voltadas ao público.
De acordo com a pasta, há uma interlocução contínua da sua equipe com as Secretarias de Políticas para as Mulheres (SPM), de Justiça, Direitos Humanos (SJDH) e de Assistência e Desenvolvimento Social a fim de coibir ocorrências de violência contra pessoas LGBTQIA+.
Além disso, afirmou a secretaria, são realizadas "capacitações de servidores das quatro forças de segurança (policiais militares, civis e técnicos, além de bombeiros) para atenção e atendimento a ocorrências com a população LGBTQIAPN+". "Cerca de 500 servidores participaram de rodas de conversas, workshops e seminários no último ano, na capital e interior do estado, e essas formações serão expandidas para outros municípios", destacou.
"A pasta rememora a criação da Coordenação Especializada de Repressão aos Crimes de Intolerância e Discriminação (Coercid) que, desde março de 2022, propicia uma articulação rápida e eficaz com todas as unidades de polícia judiciária do estado para dar maior celeridade às apurações de casos envolvendo este público, promovendo o acolhimento adequado e a identificação rápida de autores de delitos", acescentou.
Conforme explicou a SSP-BA, "o objetivo das forças de segurança é oferecer, cada vez mais, acolhimento, atenção e respeito à população. A SSP está em diálogo com outras secretarias para a consolidação de ações para o enfrentamento a LGBTQIAP+fobia". "A SSP prepara, para o Carnaval de 2023, prepostos da SPREV junto a SJDH para combater crimes este tipo de crime", pontuou.