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Galípolo e Appy são primeiros nomes anunciados por Haddad para compor equipe econômica

Por Nicole Angel, de Brasília

Galípolo e Appy são primeiros nomes anunciados por Haddad para compor equipe econômica
Foto: Reprodução Youtube

O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, anunciou na noite desta terça-feira (13) os primeiros nomes que irão compor equipe econômica. Esse foi o primeiro anúncio feito por Haddad após ser indicado pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para assumir o ministério da Fazenda. A declaração foi feita na sede do gabinete de transição de governo, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília.

 

O primeiro nome anunciado foi o do economista Bernardo Appy, que será secretário especial para tratar da Reforma Tributária no ano que vem. Atualmente, Appy é diretor do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e é considerado um dos maiores especialistas em reforma tributária do Brasil, além também de ser é mentor da proposta de reforma tributária em tramitação no Congresso. Na área política, o economista já foi secretário de Política Econômica, entre 2003 e 2009, durante boa parte dos governos Lula.

 

Já o segundo nome foi o do também economista Gabriel Galípolo, ex-presidente do Banco Fator, que foi escolhido como secretário-geral da pasta. O cargo de secretário-executivo é conhecido como "número dois", por estar abaixo apenas do ministro, que chefia a pasta.

 

O futuro ministro explicou que um dos motivos para colocar o economista como número 2 em seu ministério é que ambos compartilham da “mesma visão de mundo”.

 

"Eu tenho uma visão de conjunto muito parecida com a dele e essa visão de conjunto é muito importante, porque é o norte do governo, é pra onde que você vai dirigir as atenções e as prioridades. Então pra mim, ter uma pessoa, um economista com formação, com prática, com vivencia, mas com determinados compromissos dos quais eu acredito e dediquei minha vida”, detalhou.

 

Pela manhã, Haddad já havia confirmado o nome de Galípolo a alguns jornalistas, após reunião com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (lembre aqui). O economista é ligado ao PT e é especialista em parcerias público-privadas (PPPs).

 

ARCABOUÇO FISCAL

Além do anúncio dos nomes, Haddad também afirmou que pretende enviar ao Congresso Nacional a proposta do novo arcabouço fiscal antes do prazo estabelecido pela PEC da transição, que obriga o novo governo a apresentar um projeto de lei complementar até agosto de 2023.

 

"Se depender de mim eu antecipo, queremos encaminhar o quanto antes. […] Fui crítico do teto de gastos, porque já em 2018 entendia que regra não era confiável. Quando você cria uma regra que não consegue executar, coloca em risco o arcabouço fiscal", disse.

 

Além da obrigação de apresentar o novo arcabouço fiscal, Haddad destacou que a intenção do governo é discutir, junto com a reforma, a criação de uma nova âncora fiscal para o país. "Eu considero que um arcabouço fiscal novo é imprescindível, uma vez que o atual praticamente decaiu, não é respeitado já há alguns anos”, avaliou.

 

O futuro ministro da Fazenda pontuou ainda que o maior desafio para o próximo ano será o de correção dos erros que foram cometidos esse ano.

 

"Por açodamento, eu diria até por desespero eleitoral. Foram cometidos uma série de equívocos na gestão da política econômica. […] Nós pretendemos corrigir essas distorções sem tirar o pobre do orçamento, porque nós temos um compromisso com a questão social. Não podemos admitir a volta da fome, a corrosão do poder de compra dos salários, o que está acontecendo. Mas isso tem que ser compatibilizado com trajetórias [de gasto] sustentáveis", destacou.