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Jerônimo vira alvo ao perguntar sobre Educação no 1º bloco do debate na TVE

Por Lula Bonfim

Jerônimo vira alvo ao perguntar sobre Educação no 1º bloco do debate na TVE
Foto: Ascom IRDEB / Sérgio Isensee

O primeiro bloco do debate da TVE com candidatos ao governo do estado, na noite desta terça-feira (6), começou com uma pergunta de Jerônimo Rodrigues (PT) sobre os planos de seus adversários para o Ensino Médio na capital e no interior do estado. Tanto Kleber Rosa (PSOL) quanto João Roma (PL) responderam com críticas ao governador Rui Costa (PT) e à condução que sua gestão faz na Educação.

 

Kleber Rosa criticou as escolas cívico-militares, idealizadas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) e adotada em algumas unidades escolares baianas pelo governo Rui (PT) sob a gestão de Jerônimo enquanto secretário estadual da Educação. O psolista também defendeu a valorização do magistério e cobrou o governador: “pague o precatório dos professores”, pediu.

 

O deputado federal João Roma, por outro lado, defendeu o projeto das escolas cívico-militares e afirmou que o governo Rui Costa não abraçou a ideia por questões meramente ideológicas. O parlamentar aproveitou para mirar suas críticas a Jerônimo, ex-secretário de Educação na Bahia.

 

“Como é que o senhor tem a ousadia para abrir a boca para falar de Educação. O senhor é responsável pela Bahia ostentar o troféu de um dos piores ensinos do Brasil. Hoje, tem mais de 1 milhão e meio de baianos que não conseguem ler ou escrever um simples bilhete. Precisamos mudar isso, porque, em 16 anos do PT, eles ainda não aprenderam que não é parede de escola que dá aula ou que transmite conhecimento”, declarou Roma.

 

Jerônimo devolveu as críticas de Roma ao disparar contra a gestão que Bolsonaro faz na Educação. Segundo ele, o governo federal tem destruído o sistema educacional do Brasil. Além disso, o candidato petista garantiu que Rui já encaminhou à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) o projeto de lei para o pagamento dos precatórios aos professores.

 

“Chegaram os recursos do precatório e o governador Rui Costa já enviou ou está enviando até amanhã para que a Assembleia Legislativa possa criar a lei para o pagamento dos precatórios”, afirmou Jerônimo.

 

ACM NETO

Durante o primeiro bloco, tanto Jerônimo quanto Kleber Rosa e João Roma aproveitaram parte de seus tempos para criticar a ausência de ACM Neto (União) do debate. Os candidatos do PT e do PL, inclusive, chamaram o adversário de “fujão” e de “covarde”, respectivamente.

 

“Ele [ACM Neto] montou uma chapa que poderia ter sido montada na Junta Comercial e não no TRE. Para uma empresa privada, representa um conglomerado econômico, que não sabe a dimensão de um projeto coletivo, que fala do futuro da Bahia e do Brasil. Desrespeita ao senhor eleitor, à senhora que está me ouvindo. Um candidato que esquece que um projeto para o futuro da Bahia pressupõe transparência e falar a verdade com as pessoas”, criticou Roma.

 

EMBASA

Além da Educação, o Auxílio Brasil e a Embasa também foram assuntos do primeiro bloco do debate. Kleber Rosa perguntou se os adversários pretendem privatizar a empresa pública de saneamento básico, obtendo respostas evasivas dos demais candidatos. Roma escolheu criticar a gestão que o atual governo faz na estatal.

 

“A Bahia precisa avançar demais e precisa de investimentos. Infelizmente, a Embasa é literalmente loteada, é um cabide de emprego onde o governador fica colocando lá parentes de deputados, pessoas para utilizar aquele espaço de poder, com dificuldade para levar investimentos e até montando conflitos com prefeituras”, declarou Roma, depois de defender o marco regulatório do saneamento básico.

 

Jerônimo também não respondeu exatamente se pretende privatizar ou não a Embasa, dizendo apenas que aumentará os investimentos em saneamento básico para universalizar o acesso à água nas áreas urbanas e rurais até 2033, cumprindo a meta estabelecida na legislação nacional.

 

“Defendo os serviços dela com o suporte e com a ação do poder público. Mas dois temas envolvendo a Embasa requerem muito cuidado, por conta do acesso à água de qualidade nas cidades e na área rural. O marco regulatório estabelece que, até 2033, nós temos que universalizar o acesso à água na área urbana e na área rural, assim como o esgotamento. No meu governo, nos próximos quatro anos, eu conseguirei universalizar para a área urbana”, afirmou o petista.

Kleber Rosa criticou seus adversários por não se comprometerem com o tema e defendeu que a Embasa se mantenha como empresa pública.

 

“Como vocês puderam ver, nenhum dos dois candidatos se comprometeu em garantir a Embasa como patrimônio do povo da Bahia. Eu convido vocês a vir para um grande movimento e garantir que a Embasa permaneça pública”, conclamou Rosa.

 

“O saneamento básico é um direito humano. A ONU estabeleceu como um direito de todas as pessoas. Não se engane. Não tem nenhuma iniciativa privada que tenha compromisso e responsabilidade com o povo. João Roma é um liberal convicto, que quer privatizar tudo, entregar tudo para os grandes negócios, grandes grupos econômicos, que não têm nenhum compromisso, por exemplo, com o nosso povo do semiárido”, concluiu o psolista.